O presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, ganhou reforço expressivo, nas últimas horas, para acumular o cargo com uma secretaria de Estado na gestão João Azevêdo. O próprio governador Azevêdo e os deputados estaduais Ricardo Barbosa e Pollyana Dutra unificaram o discurso de que, sob o comando de Rosas, o partido cresceu nos últimos anos na Paraíba e que o fato dele ter assumido uma Pasta na administração estadual não inviabiliza sua permanência como dirigente da sigla, tal como foi insinuado pelas deputadas Estelizabel Bezerra e Cida Ramos.
O governador foi enfático: Na minha leitura não tem absolutamente motivo nenhum para que o presidente deixe a condição de presidente, até porque Edvaldo, durante todos esses anos, participou do crescimento do partido. O PSB hoje tem uma outra história e essa história aconteceu sob o comando dele. Sendo assim, não vejo necessidade alguma de sua saída da direção partidária. Para lastrear o argumento de que não há incompatibilidade na acumulação das funções por Rosas, Azevêdo lembrou que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, falecido há exatos cinco anos em acidente aéreo em São Paulo, exercia concomitantemente a presidência do Partido Socialista Brasileiro.
O deputado Ricardo Barbosa, líder do governo na Assembleia Legislativa, também pegou pesado: Essa pauta é absolutamente desnecessária. O partido está muito bem comandado, cresceu. É o PSB que mais cresceu no país e sob o comando de Edvaldo Rosas. E Edvaldo não deixou de ser competente, capaz, proativo, porque assumiu uma secretaria de Estado. Ao contrário, isso se revigora a seu lado de competência, capacidade e proatividade. Não há incongruência nesse fato de acumulação. O que nós devemos fazer, nesta hora, é não criar marola. Temos problemas alheios a essa conjuntura para trazer esse assunto desnecessariamente, inoportunamente para a pauta, frisou. Barbosa disse que será um defensor árduo, aberto, explícito, da permanência de Rosas. Faremos todo e qualquer enfrentamento que for necessário.
A deputada Pollyanna Dutra avalia como ociosa a controvérsia sobre a permanência ou não de Edvaldo Rosas na direção do agrupamento socialista paraibano. O partido está bem e não vejo motivos para uma mudança na presidência, foi taxativa. Uma corrente do PSB na Paraíba tem defendido o afastamento de Rosas alegando que o presidente do partido tem que dar dedicação integral à legenda, mormente agora, quando começam as articulações para a definição de candidaturas a prefeitos municipais e coligações no pleito do próximo ano. Mas o lobby para afastar essa proposta tem tido muita força no âmbito dos girassóis paraibanos e deve fortalecer a posição de Edvaldo na esfera dirigente da agremiação.
Nonato Guedes