O vereador Renan Maracajá é um dos dezesseis investigados na Operação Famintos, denunciados pelo Ministério Público Federal em Campina Grande, ontem, após encerrado o prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito policial com investigados presos durante a deflagração das duas primeiras fases. A denúncia oferecida abrangeu o núcleo empresarial composto por 16 investigados em razão de já haver elementos suficientes de prova quanto aos denunciados no esquema de desvio de recursos na prefeitura municipal de Campina. Além de Renan, constam: Frederico de Brito Lira, Luiz Carlos Ferreira de Brito Lira, Flávio Souza Maia, Rosildo de Lima Silva, Renato Faustino da Silva, Severino Roberto Maia de Miranda, Kátia Suênia Macedo Maia, Marco Antônio Querino da Silva, Antônio Joaquim Domingos da Silva, Josivan Silva, Ângelo Felizardo do nascimento, Renan Tarddadt Maracajá, Pablo Alyson Leite Diniz, Lisecílio de Brito Júnior, André Nunes de Oliveira Lacet e Severino França de Macedo Neto.
Na apuração, verificou-se que o núcleo empresarial integra uma organização criminosa voltada para a prática de diversos crimes. Os elementos informativos do inquérito, colhidos pela Polícia Federal, até o momento, são suficientes para constatar que o núcleo empresarial da organização criminosa fraudou o caráter competitivo de 15 licitações da prefeitura de Campina destinadas à compra de merenda escolar. Para executar as fraudes, a organização criminosa usou empresas de fachada. O grupo cometeu os seguintes crimes: organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Três denunciados praticaram crime de obstrução da Justiça, sendo dois deles com relação à sonegação/destruição de celular e um por intimidar alvo da operação.
Quanto aos demais integrantes da organização criminosa, o MPF vai verificar a existência de elementos para propor ação penal quando a instrução do Inquérito Policial estiver mais avançada. O inquérito já retornou para a Polícia Federal para que continuem as apurações em relação aos outros envolvidos e demais condutas criminosas. Deflagrada em sua primeira fase no dia 24 de julho, com a segunda fase tendo ocorrido a 22 de agosto, a Operação Famintos iniciou-se no âmbito do Ministério Público Federal a partir da Notícia de Fato e prosseguiu por meio de inquérito policial. Pelo menos 2013 é o que restou apurado a organização criminosa montou uma rede de pessoas jurídicas de fachada para participar de procedimentos licitatórios em vários municípios do Estado, principalmente em Campina Grande e sobretudo para a compra de merenda escolar com recursos provenientes do Programa Nacional de Alimentação Escolar.