Às 18h de hoje, em Bayeux, por ocasião da entrega dos certificados de conclusão dos cursos de Libras, Braille e Autismo a cerca de duzentos formandos, o Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cris) prestará uma homenagem especial à pedagoga Livaneide Guedes, natural de Cajazeiras, que faleceu há pouco mais de um mês no hospital da Unimed em João Pessoa. Livaneide teve uma atuação de cerca de oito anos no trabalho de educação infantil, com foco no autismo, tema pelo qual se interessava bastante, tendo se dedicado com esmero ao estudo do diagnóstico e das soluções pelo método da aprendizagem. A cerimônia ocorrerá no Templo de Adoração, vizinho à Escola Técnica de Bayeux, na avenida Liberdade.
Casada com Eliezer Silva, agente de trânsito em João Pessoa, e integrante do clã Guedes-Aquino, com raízes no Sertão paraibano e no Ceará, filha de Joaquim Nonato de Aquino (in memoriam) e de Josefa Guedes de Aquino, radicada em Cajazeiras, Livaneide tinha um olhar especial para a problemática infantil, priorizando crianças portadoras de deficiência, conforme revela a psicopedagoga Laise Pegado Suassuna Smaniotto, especialista em Autismo, com bacharelado, tendo sido coordenadora do Cris. Ela trabalhou de perto com Livaneide e diz ter constatado o empenho, a dedicação e a sua sensibilidade dela para com as questões de que cuidava. Laise, inclusive, deixou a coordenação do Centro para trabalhar de perto com a pedagoga cajazeirense e disse ter aprendido bastante com a experiência da colega e com a relação de interatividade que mantinha com o alunado.
A morte precoce de Livaneide Guedes faleceu aos 47 anos de idade, após complicações no pâncreas causou grande comoção em Bayeux, especialmente no círculo sócio-educacional em que ela atuava, havendo registros, em vídeo, de técnicas inovadoras de comunicação introduzida pela pedagoga nas salas de aula. Conforme o relato de Laise, ficou uma lacuna muito grande, que estamos buscando preencher como forma de homenageá-la com carinho. Livaneide atendia a um público estimado de 25 pacientes, aos sábados e domingos, e se envolvia nas discussões para melhorar o aprendizado ministrado, bem como equacionar demandas materiais inerentes às atividades desenvolvidas em equipe.
Nonato Guedes