O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), decretou luto oficial de três dias no município como pesar pela morte da professora, poeta, dramaturga e pesquisadora Maria de Lourdes Ramalho, uma das expoentes da cultura na Paraíba e no Nordeste. Natural do Rio Grande do Norte, a autora premiada faleceu em casa, aos 96 anos de idade, completados no último dia 23 de agosto, vítima de uma parada respiratória. A sua partida ensejou manifestações de reconhecimento ao seu ativismo cultural, expressas em redes sociais por figuras que conviveram de perto com o seu talento.
Durante décadas opinou o prefeito Romero Rodrigues Lourdes Ramalho foi uma lenda viva do teatro nordestino, principalmente por manter em sua obra uma forte carga de compromisso regional, o que a torna uma respeitada escritora universal. Autora de uma extensa obra para o teatro, Lourdes Ramalho conquistou com seus trabalhos muitos prêmios, homenagens e indicações, dentro e fora do Brasil. As peças de maior repercussão com sua assinatura são Fogo Fátuo, de 1974, As Velhas, datada de 1975 e A Feira, de 1976.
Ela também incursionou pela produção de livros infantis e, como pesquisadora, era uma das referências mundiais da obra do escritor espanhol Federico García Lorca. O velório do corpo da dramaturga está sendo realizado a partir da manhã de hoje no Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande, enquanto o sepultamento ocorrerá amanhã, às 10h, no Campo Santo Parque da Paz, na avenida Assis Chateaubriand, no Velame. A diretoria do Teatro Severino Cabral divulgou a seguinte nota: Dona Lourdes Ramalho, você se foi, para sempre. O seu corpo desistiu da sua alma, e todos os que amam você deixaram de ter o privilégio da sua companhia. Mas entre nós você se mantém presente, através dos seus textos e tantos personagens e da saudade que deixou no coração daqueles que amavam você. Que Deus possa confortar os corações dos seus familiares e amigos.
Nonato Guedes