O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi internado na noite de ontem no hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, para submeter-se à quarta cirurgia desde a facada que sofreu durante a campanha eleitoral em 2018, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. O presidente chegou ao hospital por volta das 20h e não falou com a imprensa. Estava acompanhado da primeira-dama Michelle e do seu filho Carlos (PSC), vereador pelo Rio de Janeiro, Em seguida, foi internado.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também estão em São Paulo para acompanhar o procedimento cirúrgico do pai mas não compareceram ao hospital na noite de ontem. O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, assume a presidência da República durante a internação, mas Bolsonaro avisou que planeja despachar do hospital durante o período pós-operatório. O retorno do presidente à sala de cirurgia é para corrigir uma hérnia que surgiu na região onde foram feitas três operações desde o atendimento.
O prazo de recuperação do presidente da República é estimado em dez dias pelo médico Antonio Macedo, encarregado de fazer a cirurgia. Bolsonaro quer estar com a saúde restabelecida a tempo de discursar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, no dia 24 de setembro. Ele falou que irá comparecer nem que seja de cadeira de rodas, de maca. O surgimento da chamada hérnia incisional já era aguardado pelos médicos que atendem o presidente, em virtude da série de intervenções feitas na região da barriga do paciente para tratar os danos provocados pelo ataque. O então presidenciável foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira em seis de setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora. O autor do crime está preso desde então.
Ontem, em Brasília, ao lado do apresentador e dono do SBT, Sílvio Santos, e do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, que comanda a Rede Record de Televisão, o presidente da República participou das solenidades alusivas ao Sete de Setembro. O palanque contou, também, com outras autoridades e pessoas do círculo íntimo de Bolsonaro. O presidente chegou a quebrar o protocolo e cumprimentar populares em meio ao desfile cívico-militar na Capital federal.
Da Redação, com Folha de São Paulo