O líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado, deputado Ricardo Barbosa (PSB), ao comentar sobre a chamada crise do PSB, refutou, da tribuna, declarações do ex-governador Ricardo Coutinho, para quem uma parcela dos deputados governistas representa o atraso, as velhas e reprováveis práticas e o comprometimento do resultado e êxito da atual gestão. Criticou, ainda, o que classificou de desarrazoada autofagia no partido.
Nesses rompantes, sempre bem recheados de vaidade e egocentrismo, chega a dizer que no último pleito elegeu 22 deputados estaduais, um federal, um senador e o próprio governador. É desmesurado que uma única pessoa, por maior que seja a sua liderança, possa se creditar ou se autorresponsabilizar pela vitória de praticamente todos os que lograram êxito num pleito, avaliou Barbosa, considerando essas declarações um desrespeito ao legado de vida de muitos e seu histórico de lutas.
O líder do governo, pessoalmente atacado, disse que sempre se pautou pela boa política e boas práticas pregadas pelo ex-governador. E que, por isso mesmo, foi reconhecido por aquele, ao lhe confiar importantes tarefas, entre elas a direção da Suplan e secretaria executiva do PAC.
Essas milhares de obras executadas não lhe causaram nem causarão nenhum desassossego, porque elas foram tocadas por mim e pelo seu, agora, governador João Azevedo (à época secretário estadual). Tudo o que fizemos, e você atestou isso inúmeras vezes, foi sempre em nome da boa política, frisou, exibindo vídeos em que Coutinho lhe teceu inúmeros elogios ao trabalho desenvolvido naqueles cargos.
Por fim, rebateu outra fala do ex-governador, que afirmou que Ricardo Barbosa nunca havia obtido sequer quatro mil votos antes da última eleição. Ele discorreu sobre todas as suas votações e, mais recentemente, sobre os 33 mil votos obtidos em 2014 e os quase 43 mil em 2018, “sem desmerecer os tickets-alimentação que foram distribuídos por vários municípios”, sem citar em benefício de que parlamentares eleitos.