Uma foto divulgada ontem pelo perfil oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Instagram, chamou a atenção de internautas e viralizou nas redes sociais. Na imagem, o ex-presidente da República, que responde a vários processos e cumpre pena de prisão em Curitiba, na Superintendência da Polícia Federal, aparece vestindo um terno com gravata vermelha e passa uma sensação de altivez algo que, normalmente, é difícil para uma pessoa que está encarcerada há mais de um ano. É por isso que eu tenho força, porque quem tem a verdade não tem que ter medo, diz a legenda da foto publicada, que foi compartilhada por milhares de internautas em outras plataformas como Facebook e Twitter.
A imagem foi feita pelo fotógrafo Ricardo Stuckert na entrevista que o ex-presidente concedeu ao jornal argentino Página 12. Nesta quarta-feira, 18, Lula será entrevistado pelo diretor da revista Fórum, Renato Roval. A entrevista será exibida amanhã, às 21h, no canal oficial da revista no YouTube. Enquanto isso, ainda repercute nos meios políticos a entrevista do governador da Bahia, Rui Costa, do PT, à revista Veja, sugerindo que o Partido dos Trabalhadores precisa mudar e esquecer o Lula Livre na hora de firmar alianças para o futuro pleito presidencial. Rui Costa também admitiu que cogita uma pré-candidatura ao Palácio do Planalto em 2022 e salientou que em 2018 o PT deveria ter examinado a alternativa de apoio a Ciro Gomes (PDT). Faltou a percepção de que era preciso dialogar com todos os segmentos sociais, mesmo com aqueles que pensam diferente, salientou.
A entrevista de Rui Costa ainda hoje repercute negativamente nos segmentos mais radicais do PT que idolatram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que insistem na tese de que ele é a única opção para vencer o futuro pleito ao Planalto. O governador da Bahia defendeu que o PT deve começar a apresentar propostas concretas para que o Brasil retome o desenvolvimento. Não dá para um partido do tamanho do PT, ou simbolicamente forte, como PDT e PSB, ficar só na negativa. Seria muito positivo se essas legendas pudessem se unir para apontar saídas para o Brasil, frisou. Indagado se o PT ainda deve insistir na narrativa de que foi vítima de golpes, como na prisão de Lula, Rui Costa enfatizou:
– Apoio todas as medidas que busquem punir corruptos. Mas as últimas revelações mostram que essa apuração da Operação Lava-Jato foi usada com viés político-partidário. Não sou da opinião de que tudo o que foi apurado é falso ou fruto de manipulação para perseguir e condenar o PT e outros partidos de esquerda. Muitas daquelas coisas têm provas materiais. Entretanto, a operação não tinha como alvo apenas corruptos, e, sim, filiações partidárias. A própria migração do juiz Sergio Moro (hoje ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro) para a vida político-partidária, imediatamente após a eleição, desnuda isso. Não se trata somente de defender o partido. Não quero que o Ministério Público ou a Justiça usem prerrogativas para perseguir ninguém.
Da Redação, com revistas Fórum e Veja