A renúncia do presidente do diretório municipal do PSB de João Pessoa, Ronaldo Barbosa, ao cargo, em protesto contra a dissolução do diretório estadual e em solidariedade ao governador João Azevêdo, que estaria sendo alvo de boicote do ex-governador Ricardo Coutinho com o aval, por enquanto, da cúpula nacional socialista, repercutiu na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal da Capital na manhã de hoje. Na Assembleia, o líder do governo Azevêdo, Ricardo Barbosa, frisou que o gesto de Ronaldo reforça a análise de que a crise nas hostes do partido é mais séria do que se imagina e voltou a culpar o ex-governador e seus aliados pela desagregação ora verificada.
Na Câmara, a vereadora Sandra Marrocos, do PSB, alinhada com Coutinho, desdenhou da renúncia de Ronaldo Barbosa.A renúncia do presidente do diretório municipal do PSB de João Pessoa, Ronaldo Barbosa, ao cargo, em protesto contra a dissolução do diretório estadual e em solidariedade ao governador João Azevêdo, que estaria sendo alvo de boicote do ex-governador Ricardo Coutinho com o aval, por enquanto, da cúpula nacional socialista, repercutiu na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal da Capital na manhã de hoje. Na Assembleia, o líder do governo Azevêdo, Ricardo Barbosa, frisou que o gesto de Ronaldo reforça a análise de que a crise nas hostes do partido é mais séria do que se imagina e voltou a culpar o ex-governador e seus aliados pela desagregação ora verificada. Na Câmara, a vereadora Sandra Marrocos, do PSB, alinhada com Coutinho, desdenhou da renúncia de Ronaldo Barbosa.
Ronaldo Barbosa distribuiu carta aos socialistas paraibanos e diversos movimentos sociais do Estado, lembrando que muitos deles, bem como mulheres ativistas, têm construído ao longo dos anos um projeto refletido no Partido Socialista Brasileiro. Esse projeto adiantou saiu vitorioso em vários pleitos eleitorais e, baseado na estratégia da hegemonia gramsciana, buscou na ação eleitoral e nos movimentos sociais a consolidação de sonhos por aqueles e por aquelas que acreditam no socialismo. Adiante: Na última campanha eleitoral, com a vitória deste projeto na Paraíba, nossa militância compreendeu que a construção do mesmo se consolidava e nos colocava no processo de direção da hegemonia do campo democrático e popular em nosso Estado. De repente, fomos surpreendidos por uma ação de destituir a direção estadual eleita democrática e, por unanimidade, no seu último congresso.
A referida ação, de surpresa insiste Ronaldo Barbosa ocorreu de forma autoritária e antidemocrática. Esta ação, entre várias outras que se seguiram, demonstrou que não é na calada da noite, com medidas de força e sem nenhuma transparência, que divergências são superadas. Ronaldo diz ser a prova do pedido de Edvaldo Rosas e de Ronaldo Benício, bem como do professor Rubens Freire, vice-presidente municipal de João Pessoa, para que a verdade seja dita. Acusou, então, o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, de não responder às solicitações dos companheiros da Paraíba. Uma pergunta sem resposta até agora, mas que o povo quer saber: até onde está a relação dos que pediram renúncia do diretório regional?, indaga Barbosa.
Ele ressalta: Com diversos companheiros e companheiras, junto com a população, elegemos João Azevêdo. Repito: JUNTOS! Não cabem afirmativas de que eu elegi 22 deputados ou de que eu elegi o governador. O maior problema na política é quando o singular busca substituir o plural. O singular nega a história, nega o sujeito histórico, nega o papel do coletivo. A quem prega este singular tem o meu repúdio. Meus companheiros e companheiras são prova do que este diretório municipal de João Pessoa buscou na base social a consolidação de seu projeto político numa íntima relação com os movimentos sociais e com os partidos, cuja compreensão o socialismo nos uniu e possibilitou nossa reação ao governo Bolsonaro. É sobre esta questão a minha outra preocupação: em um momento em que se precisa dessa unidade, de nossa luta contra o autoritarismo, eis que alguns acham que o problema está no governo João Azevêdo ou em más companhias e até em Edvaldo Rosas (destituído da presidência estadual do PSB e ora ocupando secretaria de Governo de Azevêdo). Não concordo com esta irresponsabilidade e quem a cometeu tem que dizer que errou e pedir desculpas ao povo da Paraíba. Por estas razões e outras peço renúncia da presidência do PSB de João Pessoa e de seu diretório municipal. Fui fiel ao projeto em 2004, em 2006, em 2008, em 2010, em 2012, em 2014, 2016, 2018, e continuo fiel a esse projeto e ao governador eleito por nós, João Azevêdo. Quem quer romper com João Azevêdo que o faça, mostrando as razões, as divergências políticas. Se não o fizerem, a história cobrará. E conclui, citando Gramsci: Dizer a verdade é sempre revolucionário.
Nonato Guedes