O secretário de Comunicação do governo do Estado, jornalista Nonato Bandeira, asseverou que não há nenhum interesse da parte do governador João Azevêdo (PSB) em discriminar municípios cujos prefeitos sejam filiados a partidos de oposição. Salientou que a filosofia da administração estadual rege-se por princípios republicanos e pelo interesse público e que o governador é sensível a reivindicações ou demandas que lhe sejam encaminhadas, levando em conta, naturalmente, as disponibilidades financeiras do Estado para fazer face a esses pleitos.
Esta semana o governador esteve em Cajazeiras, cujo prefeito José Aldemir Meireles, do Partido Progressista, votou no senador José Maranhão na disputa ao governo em 2018. A esposa do prefeito, deputada Paula Francinete, conhecida como Doutora Paula, aproveitou o evento para anunciar que a partir de agora passa a integrar a base de apoio ao governo na Assembleia Legislativa. Como justificativa para uma adesão que já vinha sendo anunciada, a deputada reafirmou que o governador João Azevêdo é um político que dialoga e que não persegue. Para mim, é um orgulho saber que nós podemos fazer uma parceria, enfatizou a deputada.
De acordo com o secretário Nonato Bandeira, da mesma forma como o governador João Azevêdo deseja ser recebido em Brasília com a atenção que merece e ter liberdade para reivindicar e encaminhar pleitos em benefício do Estado, os prefeitos que estão eventualmente na oposição, na Paraíba, merecem igual tratamento por parte da gestão estadual. João Azevêdo integra um Fórum de Governadores do Nordeste que criou um Consórcio para desenvolvimento da região, como alternativa à provável dificuldade de apoio do governo federal. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou a qualificar o Consórcio como desnecessário, mas os gestores da região asseguram que ele foi concebido mediante rigoroso estudo de viabilidade sócio-econômica e levando em consideração as vantagens que poderão ser proporcionadas às comunidades mais carentes.
Deputados federais paraibanos que possuem trânsito nos escalões federais, como Aguinaldo Ribeiro, do Partido Progressista e Efraim Morais, do Democratas, já se prontificaram a empreender gestões para promover uma espécie de distensão entre o governo do presidente Jair Bolsonaro e o governo de João Azevêdo. O próprio governador admitiu ser receptivo a entendimentos em favor de projetos que beneficiem o Estado, alegando que há pendências da administração da Paraíba que não foram ainda equacionadas junto às instâncias decisórias. Ao mesmo tempo, o chefe do Executivo diz que acompanha com o máximo interesse o desenrolar das votações da reforma tributária, que afeta diretamente Estados e municípios. De igual maneira, tem interesse em conhecer o formato final do projeto de reforma da Previdência, especificamente no que diz respeito aos Institutos de Previdência dos Estados e municípios.
Nonato Guedes