O ex-senador paraibano Lindbergh Farias (PT-RJ), que foi às ruas defender o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello em 1992 e que em 2016 manifestou-se contra o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, passou a defender, agora, o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que tem mais de oito meses de gestão. Farias opina que já há condições para os brasileiros repetirem o feito do impeachment de Collor e tirarem Bolsonaro do poder. “Talvez seja a melhor maneira de juntar o Brasil e impedir essa destruição”, declarou, em entrevista ao programa “Fórum 21”, na noite de ontem.
Lindbergh, que está sem mandato, propõe uma mobilização anti-Bolsonaro que aglutine as principais forças de esquerda atuantes no cenário político brasileiro. Argumenta que inúmeros fatores têm contribuído para que esta se transforme na principal pauta da oposição, principalmente a partir do ano que vem, quando serão realizadas eleições municipais em todo o país. A fala sobre o “Fora, Bolsonaro” se deu quando o jornalista Ivan Longo perguntou sobre as expectativas do ex-senador com a abertura da CPI das Fake News na Câmara dos Deputados. A comissão analisará o uso de notícias falsas por parte da campanha de Bolsonaro à presidência no ano passado e, também, durante o governo.
Na opinião de Lindbergh Farias, trata-se de uma CPI estratégica, “que pode questionar a legitimidade das eleições e, assim, incentivar a população a exigir um novo pleito, desta vez sem disparos de fake News”. Ele acrescentou: “Estou cada vez mais propenso a defender a tese de que nós, da esquerda, temos que levantar a bandeira do “Fora Bolsonaro” dentro dessa história de anulação das eleições”. Para ele, a CPI das Fake News, somada à crise econômica que vem se intensificando, criará a “tempestade perfeita” para a queda de Jair Bolsonaro”.
– É muito difícil um governo se sustentar quando a economia vai mal. Sabe que recessão na história do Brasil sempre deu grande crise. A crise de 1929 deu a revolução de 1930. A outra recessão foi na ditadura que deu a campanha das diretas. Teve outra recessão no governo Collor, que derrubou o Collor. E teve a recessão de 2015 que derrubou nosso governo e continua”, disse, antes de lembrar que foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) no início da década de 90 e que, quando a entidade resolveu levantar a bandeira do “Fora, Collor”, criou-se um clamor popular que derrubou o então presidente. Lindbergh também responsabiliza os ministros Paulo Guedes, da Economia, e Sergio Moro, da Justiça, por medidas que, a seu ver, estariam provocando “a destruição do Brasil”.
Da Redação, com “Revista Fórum”
Este sujeito é um idiota.