O cerimonial do Palácio do Planalto confirmou à prefeitura de Campina Grande (PB) a visita do presidente Jair Bolsonaro (PSD) àquela cidade no dia 11 de outubro próximo, que assinala o aniversário de emancipação da “Rainha da Borborema”. O presidente vai inaugurar o conjunto habitacional “Aluísio Campos”, proporcionalmente um dos maiores do país, devendo cumprir, também, programação de eventos locais. A visita tinha sido adiada em virtude da cirurgia a que o presidente iria se submeter, o que foi concluído em tempo recorde, e de outros compromissos inadiáveis.
O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD) é um dos articuladores da programação e um entusiasta da inauguração do conjunto habitacional que, de acordo com ele, contribuirá de forma significativa para suprir carências de moradia existentes em Campina Grande. Não está descartada a hipótese de que Rodrigues, em discurso, formule outras reivindicações diretamente ao presidente da República. Até o momento, não houve qualquer manifestação por parte do governo da Paraíba sobre a presença do governador João Azevêdo (PSB) na cerimônia de entrega das casas, por ocasião da visita do presidente da República.
Bolsonaro teve votação expressiva em Campina Grande, em termos proporcionais, na eleição do ano passado. Sua esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, já visitou a cidade, acompanhada de ministros, interessada em conhecer experiências desenvolvidas no âmbito da região de Campina Grande para o atendimento a portadores de necessidades especiais. Michelle Bolsonaro trabalha com esse segmento e tem oferecido apoio decisivo a instituições engajadas nas lutas em diversos Estados. A questão eleitoral, referente à disputa do próximo ano pela prefeitura, não deverá constar da pauta, que está sendo tratada como eminentemente administrativa. O esquema do prefeito Romero Rodrigues é aliado ao PSDB do ex-senador Cássio e de seu filho, o deputado federal Pedro Cunha Lima. Apurou-se nas últimas horas, contudo, que o PSL, representado no Estado pelo deputado federal Julian Lemos, cogita lançar candidatura própria à sucessão campinense, provavelmente em coligação com outros partidos. Mas não há, até agora, menção de nomes desse esquema para as futuras eleições.