A diretoria que comandará a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – Fiep, pelo período 2019-2023, foi empossada ontem, em Campina Grande, numa cerimônia que reuniu empresários de diversos segmentos, gestores e lideranças políticas. O empresário Francisco de Assis Benevides Gadelha (Buega), à frente da diretoria desde 1995, foi reeleito para o sexto mandato através de votação unânime dos 25 presidentes de sindicatos patronais e ficará no comando da entidade pelos próximos quatro anos. “Buega” chegou a se manter afastado por algum tempo da direção, em meio a ação judicial contra dirigentes da Confederação Nacional das Indústrias – CNI, mas retomou as atividades e diz que a indústria continua sendo um segmento forte no Estado e no país.
– Muita gente fala que nossa indústria está sucateada, mas não é verdade. A indústria têxtil, por exemplo, tem pequenas ramificações no Sertão, como em São Bento, Itaporanga, Catolé do Rocha, mas possui uma gigante em Campina Grande, já que hoje ela consumiria todo o algodão que os dois maiores Estados produtores do Nordeste produziram na época do ouro branco em apenas um ano – exemplificou “Buega”. Neste novo mandato, segundo ele, o foco será a preparação da indústria para estar dentro da revolução quatro ponto zero. A nova direção, agora, é composta por três vice-presidentes executivos, num processo de representação voltada para as regiões da Paraíba.
O governador João Azevêdo, que prestigiou a cerimônia, enfocou a importância da atuação da Fiep no Estado, acentuando: “É um segmento extremamente importante para toda a Paraíba, que gera empregos, e precisamos ter essa compreensão. Ao poder público, ao governo, cabe fomentar e criar as condições para que a empresa privada possa gerar os empregos indispensáveis à população”. O empresário Roberto Cavalcanti, reeleito como diretor junto à CNI, disse que se sente honrado por ter sido escolhido mais uma vez para ser representante, em Brasília. Roberto afirmou que o país enfrenta um momento de adaptação positiva para a real situação da indústria. “Nós estamos enfrentando a realidade, ao contrário de outros períodos, em que vivíamos na irrealidade, com um orçamento que era quebrado a cada instante. Agora, nós temos que adequar o país, adequar as empresas e adequar o orçamento”, pontuou Roberto Cavalcanti. A indústria, na Paraíba, é responsável pela geração de emprego contemplando aproximadamente 105 mil trabalhadores com carteira assinada. Além disso, a Paraíba é o Estado com melhor remuneração industrial da região Nordeste.