O governador João Azevêdo, que oficializou o seu desligamento da comissão provisória estadual do PSB paraibano, por não concordar com métodos que levaram à dissolução do diretório regional e à destituição de Edvaldo Rosas do comando, disse que ainda há etapas a serem cumpridas e que serão determinantes da sua permanência ou não na agremiação. “Não dá para decidir em cima de conjecturas. Temos que esperar que o momento, efetivamente, aconteça”, disse, referindo-se à necessidade de eleição do novo diretório, uma vez que a situação atual é provisória. “Esse ciclo precisa se fechar para que as pessoas se posicionem”, alertou João Azevêdo.
Azevêdo, questionado por repórteres sobre suposta aliança com o Progressistas, partido da senadora Daniella Ribeiro, explicitou que está aberto para conversar com qualquer liderança, seja prefeito, parlamentar ou integrante da base, desde que sejam solicitadas audiências. “Não tenho nenhuma dificuldade para conversar com qualquer partido, até porque, quando vou a Brasília em missão administrativa, quero ser recebido pelos diversos ministros. Isto é uma obrigação constitucional e republicana que nós temos. Da mesma forma que eu recebo os partidos da base, ou o PP, ou qualquer outro, estou demonstrando que sei separar reunião técnica, reunião republicana ou reunião administrativa de reunião aberta.
– O fato de você estar recebendo um deputado de oposição não significa que você está fazendo acordo político com aquele parlamentar. Muitas vezes eles trazem pleitos de interesse dos seus municípios e cabe ao poder público examinar de forma sensível a viabilidade de execução ou não das reivindicações apresentadas – definiu, ainda, João Azevêdo. O governador, de forma enfática, reiterou que em nenhum momento anunciou sua desfiliação dos quadros do PSB, tendo em vista que se mantém em expectativa diante da evolução dos acontecimentos.
Nonato Guedes