O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), proferiu palestra, ontem, sobre a gestão do sistema de segurança pública durante seminário promovido pela União Nacional dos Legislativos Estaduais – Unale, no Recife, que reuniu deputados estaduais paraibanos como o presidente da Assembleia, Adriano Galdino, secretários de governos e representantes das Forças de Segurança de vários Estados do país. Durante sua apresentação, o governador João Azevêdo destacou as principais políticas públicas implantadas no Estado para aprimorar a gestão de segurança e os números da violência.
– Nós aumentamos os recursos destinados para a área, investindo fortemente em equipamentos, em inteligência e em pessoal. Apenas no primeiro semestre deste ano, já pagamos mais de R$ 12 milhões em premiações aos nossos policiais que têm realizado um grande trabalho – enfatizou. O governador também se referiu à licitação para a implantação dos Centros Integrados de Comando e Controle em João Pessoa, Campina Grande e Patos, que somam recursos da ordem de R$ 40 milhões. Frisou que 14 órgãos estão presentes nesses centros e que serão instaladas 1.300 câmeras de segurança em locais estratégicos do Estado, que possibilitarão o reconhecimento facial, identificação de placas de veículos e cargas.
Azevêdo ressaltou as ações da Patrulha Maria da Penha, que têm contribuído com a redução de crimes contra a mulher no Estado, e as políticas de educação, como a implantação e expansão das Escolas Cidadãs Integrais, que refletem diretamente nos números da segurança. Mais de 45 mil alunos estão sendo beneficiados, o que, segundo o gestor, é fundamental porque os jovens desenvolvem seus projetos de vida. Com essa metodologia, cerca de 95% dos estudantes se inscrevem no Enem. Enquanto isso, a deputada estadual e presidente da Comissão dos Direitos da Mulher na Assembleia, Camila Toscano, do PSDB, defendeu que todas as Assembleias Legislativas do Brasil se unam no combate ao feminicídio.
Camila Toscano falou sobre o assunto ao coordenar Grupo de Trabalho sobre a violência contra a mulher, dentro do Seminário organizado pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, realizado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). “É importante a união das Assembleias brasileiras no sentido de propormos leis que garantam mais segurança às mulheres. Sabemos que a violência contra a mulher envolve uma série de fatores e passa pela educação, pela cultura machista e também pela falta de oportunidade para muitas de nós, daí a urgência de unirmos forças para adotar bons exemplos de leis nos Estados”, arrematou Camila Toscano. Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que permite à mulher vítima de violência doméstica pedir o divórcio ou o fim da união estável no próprio Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Ela poderá solicitar medidas de proteção, de responsabilização do agressor e de quebra do vínculo civil no mesmo lugar e ao mesmo tempo.