Na sua passagem, ontem, por João Pessoa, o ministro-chefe da Secretaria do Governo Bolsonaro, Luiz Eduardo Ramos, declarou-se sensibilizado com a pauta de reivindicações apresentada por 80 prefeitos com quem se reuniu em evento coordenado pela Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup). Os gestores entregaram uma carta contendo 10 reivindicações pontuais – da implementação de uma política de convivência com a seca, ao incentivo à utilização e produção de energias renováveis, bem como repasses de recursos para a assistência social e atualização da tabela do SUS. Ele se comprometeu a entregar a carta diretamente ao presidente Bolsonaro e deu ênfase ao Plano Nordeste, que vai beneficiar 30 municípios paraibanos na sua primeira etapa.
O ministro revelou aos prefeitos que reconhece as dificuldades enfrentadas com a escassez de recursos e a quantidade de problemas para administrar, mas assegurou que o governo de Bolsonaro vai se empenhar para equacionar todas as demandas. Ele pontuou, de forma taxativa: “Vejo homens e mulheres aqui que se sacrificam para levar o melhor para o povo dos seus municípios. A verdade é que saquearam o país. Não podemos esquecer isso.
O governo Bolsonaro iniciou em janeiro e há um esforço concentrado em todas as Pastas para que o Brasil cresça e resolva as suas dificuldades”. O presidente da Famup, George Coelho, prefeito de Sobrado, destacou a importância do evento. “Foi de grande relevância no cenário político-administrativo. O ministro-chefe veio ao nosso Estado disposto a dialogar sobre as nossas prioridades. Acreditamos que haverá resultados concretos na materialização dos projetos federais que contemplam municípios paraibanos”, salientou o dirigente da Famup.
Participaram da reunião, ainda, os deputados federais Efraim Filho (DEM), Pedro Cunha Lima (PSDB), Julian Lemos (PSL), Wilson Santiago (PTB) e Ruy Carneiro (PSDB), bem como representantes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste. Os prefeitos insistiram na plena operacionalização dos dois eixos da transposição do rio São Francisco, cujo cronograma enfrentou obstáculos ultimamente, bem como na implementação de projetos de dessalinização e liberação de carros-pipas, poços artesianos e cisternas. Constam, no documento, a reivindicação de implantação de um projeto habitacional para as famílias de baixa renda, o encontro de contas previdenciárias dos municípios com a União, a efetivação da reforma tributária, a definição de novas regras de cumprimento do CAUC para municípios com menos de 50 mil habitantes.
Nonato Guedes