O superintendente da Sudema na Paraíba, Aníbal Peixoto, revelou, ontem, que ainda não havia, até ontem, registros de manchas de óleo na costa paraibana e que, se porventura, a substância poluente aparecer no litoral do Estado, uma força-tarefa já está preparada para monitorá-la e, também, para cuidar da limpeza das praias. O Estado entrou em alerta com o avanço das manchas de óleo nas praias do Nordeste e na tarde de ontem representantes de órgão de fiscalização ambiental como Sudema, Ibama e Corpo de Bombeiros participaram de uma reunião na Capitania dos Portos, onde foram discutidas ações de monitoramento e limpeza.
A Capitania repassou aos presentes a informação de que, por enquanto, o litoral paraibano continua limpo, sem qualquer anotação de mancha de óleo. Houve confirmação de mancha de óleo próxima às praias de Itamaracá, Pernambuco, mas a versão transmitida a autoridades paraibanas é de que ela está estável, não havendo certeza de deslocamento para o nosso Estado, embora a hipótese não seja descartada. Em razão desses dados, o monitoramento está sendo intensificado, principalmente na região de Pitimbu, com estratégias de proteção do litoral. Ainda na tarde de ontem, o governofederal realizou uma coletiva de imprensa para discutir o assunto, no Recife. Na oportunidade, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, ao lado do almirante Esquadra Puntel, da Marinha do Brasil, procurou minimizar o impacto do avanço da substância pelas praias do Nordeste e fez ainda uma crítica à forma como a questão tem sido tratada, inclusive, pelos meios de comunicação.
Ele observou que menos de 10% das praias do Nordeste foram atingidas pelo óleo. “Se menos de 10% foi impactada, precisamos tratar de forma responsável a divulgação dos fatos, das informações. A impressão que se passa é a de que as praias do Nordeste estão inviabilizadas, o que não é verdade. As praias que não foram atingidas ou as que já foram limpas estão aptas”, revelou o ministro. Marcelo Álvaro não soube explicar o que o óleo pode ter causado aos seres que vivem nas águas. “Ainda estão sendo feitas análises para detectar se a fauna foi ou não atingida pelo derramamento de óleo por um petroleiro estrangeiro. Não é possível responder enquanto as análises não forem concluídas e publicizadas”, adiantou. O superintendente do Ibama na Paraíba, Arthur Navarro, destaca as ações empreendidas para o monitoramento da possível chegada do óleo ao Estado e acrescentou que o órgão foi acionado desde primeiro de setembro, quando houve os primeiros indícios de pequenos resquícios de óleo encontrados na costa da Paraíba.