O governador João Azevêdo (PSB) participa hoje, às 9h da manhã, em São Paulo, do encontro na Câmara Espanhola de Comércio no Brasil, quando apresentará oportunidades de negócios e potenciais econômicos da Paraíba. O evento, organizado pela Eurocâmara, reúne representantes de diversos países e de empresas reconhecidas internacionalmente, que manifestam interesse de investir no Nordeste com o objetivo de ampliar a sua área de atuação no Brasil. O convite ao governador João Azevêdo foi feito pelo embaixador da Espanha, Fernando Garcia Casas.
O chefe do Executivo paraibano tem procurado priorizar a atração de investimentos estrangeiros e de centros importantes do Brasil como forma de fomentar alternativas de geração de emprego e renda no Estado, compensando as limitações conjunturais enfrentadas pelos setores produtivos em funcionamento neste território. Ele tem dado carta-branca à vice-governadora Lígia Feliciano para prosseguir os contatos e o intercâmbio que já vinha desenvolvendo, desde a gestão anterior, com empresários chineses, incluindo viagens a regiões da China para discussão de viabilidade de empreendimentos.
Para o governador João Azevêdo, a contaminação de praias do litoral nordestino por manchas de óleo que ainda estão sendo investigadas não deverá ter reflexos na atração de investidores para a Paraíba, tendo em vista que o Estado não foi atingido em grandes proporções, tal como ocorreu com outras unidades região. Tão logo foi inteirado da dimensão tomada pelo fenômeno em pontos específicos do Nordeste, o governador João Azevêdo criou uma espécie de Comitê de gerenciamento de crise, incluindo órgãos como a Capitania dos Portos e entidades que operam com intervenções diretas no meio ambiente para monitoramento da situação e para a tomada de providências imediatas. O governador deixou claro que se tratava de uma situação de emergência, cujas causas ainda estão sendo minuciosamente investigadas pelas autoridades federais, e que é dever do governo do Estado manter-se informado sobre os diferentes aspectos do desastre ambiental.
Em artigo publicado hoje no jornal “Correio da Paraíba”, o empresário Roberto Cavalcanti, diretor da Confederação Nacional da Indústria, lembra que mais de mil quilômetros de praias de todo o Nordeste foram contaminados e que, pelo volume chegado às praias, obrigatoriamente conclui-se que tudo foi consequência de um grande derramamento originário de algum navio que por alguma ação não explicada até agora não comunicou às autoridades competentes o ocorrido. “O Brasil foi tomado de total surpresa em função dessa omissão”, salienta o empresário, ressaltando que o Atlântico Sul foi atacado de forma intencional ou não e que deveria haver uma mobilização das organizações internacionais nessa hora difícil. Ele indagou, à certa altura: “Onde estão os oportunistas ambientais ideológicos que, nesse caso, permanecem em silêncio?”.