O deputado federal paraibano Julian Lemos (PSL) envolveu-se em mais uma polêmica na mídia nacional. Segundo divulgou o jornal “O Estado de São Paulo”, ele e o também deputado Heitor Freire (PSL-CE) gastaram, juntos, R$ 97 mil em verbas indenizatórias da Câmara para imprimir panfletos e informativos desde o início dos seus respectivos mandatos em uma empresa fantasma. Conforme o “Estadão”, no endereço da empresa que prestou serviço aos parlamentares, em Riacho Fundo (Distrito Federal) funciona apenas um “lava jato”. A reportagem revela, ainda, que o deputado paraibano afirmou não saber a localização da firma, mas garantiu ter recebido o material encomendado da MaxPel+Car.
Julian Lemos disse que mandou imprimir livros contra a pedofilia e material contendo prestação de contas do mandato que está exercendo pela primeira vez. Comentando a versão de que a gráfica não existe no endereço da nota, limitou-se a afirmar que “deputado é feito para fazer leis” e que, o resto, “é com a assessoria”. Já Freire alegou que tudo foi feito no seu gabinete e que não teve conhecimento sobre endereço e sede física da gráfica. Julian Lemos não escondeu sua irritação com a denúncia envolvendo seu nome, enfatizando tratar-se de mais “uma fake News do Estadão” e acrescentando que tudo não passa de um “papelão do jornal dos Mesquita”. Salientou: “É triste constatar que a desonestidade marca o trabalho de alguns jornalistas do “Estadão”.
– Por vários anos uma empresa presta serviços para centenas de deputados de diversos partidos, mas o jorna menciona apenas o meu nome e de alguns deputados de primeiro mandato do PSL. Como a empresa seria fantasma se centenas de deputados utilizaram os serviços dela?” – questionou. Julian Lemos asseverou que toda a negociação de contratação da gráfica foi realizada pelo seu chefe de gabinete, o qual recebeu referências de outros parlamentares e funcionários da Câmara para prestar o serviço. “Ele fez o orçamento e selecionou a empresa, sendo que toda a transação ocorreu no meu gabinete em Brasília”. O parlamentar foi além e mencionou nomes de outros parlamentares que também usaram o serviço da gráfica, citada pela reportagem, entre eles o de Maria do Rosário (PT), Tabata Amaral (PDT), Alessandro Molon (Rede), Major Vitor Hugo (PSL) e muitos outros.
O deputado federal Julian Lemos já se envolveu em diversas controvérsias desde que ingressou na vida pública. Chegou a se atritar com filhos do presidente Jair Bolsonaro, que desmentiram a sua informação de que fora coordenador da campanha do ex-candidato do PSL à Presidência na região Nordeste em 2018. Posteriormente, foi chamado de “papagaio de pirata” por um dos filhos de Bolsonaro, por aparecer frequentemente atrás do presidente em fotos jornalísticas. Ultimamente, o parlamentar entrou em rota de colisão com o próprio presidente, ao comentar a crise deflagrada no âmbito do PSL e atribuir problemas do governo aos filhos de Bolsonaro. Mesmo assim, ele não demonstrou arrependimento por ter apostado na campanha de Bolsonaro a presidente da República.