Desencadeada hoje pela manhã a Operação “Natal Luz”, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, Draco, já redundou na prisão de onze dos quinze vereadores da cidade de Santa Rita, na região metropolitana de João Pessoa, entre os quais o presidente da Casa, Anésio Miranda, do PSB. Os parlamentares-mirins são acusados de terem forjado um “congresso” para justificar o deslocamento para a cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul. Os cursos eram “de fachada” e os vereadores, na verdade, foram passear em cidades turísticas à custa do erário.
De acordo com o que foi repassado à imprensa esta manhã, são os seguintes os vereadores presos: Anésio Alves de Miranda Filho, Brunno Inocêncio da Nóbrega Silva, Carlos Antônio da Silva, Francisco de Medeiros Silva, Diocélio Ribeiro de Sousa, Francisco Morais de Queiroga, João Evangelista da Silva, Ivonete Virgínio de Barros, Marcos Farias de França, Sérgio Roberto do Nascimento e Roseli Diniz da Silva. As versões dão conta de que a ação teve o reforço de policiais civis do Estado de Sergipe e do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Os vereadores foram presos após desembarcar no aeroporto internacional Gilberto Freyre, no Recife.
As autoridades policiais admitiram ter sido realizada uma “campana” na altura de Mata Redonda, já na Paraíba e foi preso também o servidor da Câmara, Fábio Cosme de França. Todos foram conduzidos para a Central de Polícia e autuados por peculato. Eles receberam R$ 69 mil em diárias, além de passagens aéreas, para participar de um mencionado V Seminário Regional de Agentes Públicos. O evento deveria ocorrer entre os dias 31 de outubro e 4 deste mês no Laje de Pedra Hotel Resort,em Gramado, no mesmo período do Natal Luz, no principal roteiro turístico do Rio Grande do Sul, que este ano acontece entre 24 de outubro de 2019 e 12 de janeiro de 2020. A pedido do Gaeco da Paraíba, membros do Ministério Público do Rio Grande do Sul acompanharam o roteiro dos vereadores paraibanos. Descobriu-se que o suposto evento contou com a participação apenas de vereadores paraibanos, havendo uma única exceção – um vereador de Lagarto, Sergipe.