O governador João Azevêdo participou, em Recife, Capital de Pernambuco, da Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC). O evento, que segue até a próxima sexta-feira (8), tem o objetivo de discutir e apresentar propostas de implementação da NDC brasileira (Contribuição Nacionalmente Determinada), documento do Estado brasileiro que registra os principais compromissos e contribuições do país para o acordo climático.
O encontro reuniu organizações não governamentais e da sociedade civil, movimentos sociais, associação de povos, comunidades tradicionais, governos, comunidade científica, instituições públicas e empresas públicas e privadas.
Na ocasião, também foi realizada a assinatura da Declaração de Recife, que prevê a implementação de medidas de mitigação às mudanças climáticas, por parte do poder público, e a redução de emissão e o fim do desmatamento ilegal, por parte das empresas privadas; e feita a leitura da Carta dos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente pelo Clima, que teve a adesão de todos os Estados da federação. O documento estabelece metas para adequação de políticas e planos de desenvolvimento e de ampliação da agenda climática no Brasil.
Na oportunidade, o governador João Azevêdo defendeu a necessidade de investir em mecanismos sustentáveis e assegurar a preservação do meio ambiente. “Existe hoje o processo da geração de energias alternativas, como a eólica e solar, que pode minimizar o custo e permitir a mudança da matriz energética do próprio Nordeste. São diversas as frentes que temos que pensar, levando em consideração, acima de tudo, a preservação ambiental e é possível fazer isso em função do que hoje, tecnologicamente, é disponibilizado. A meta do carbono zero precisa ser buscada em todo o Brasil pelo potencial que o país tem, preservando o meio ambiente para termos um desenvolvimento sustentável”, observou.
Ele também destacou o compromisso dos governadores do Nordeste, por meio do Consórcio Nordeste, com o meio ambiente. “Esse é um dos pontos prioritários e será defendido pelos governadores da região por ser uma questão importante para o Brasil. Quando temos um desastre terrível como o que atingiu as praias do Nordeste sabemos da consequência disso para a economia nacional e esse é um problema muito sério que precisa ser tratado de uma maneira mais objetiva do que a presenciada até agora”, pontuou.
A CBMC visa demonstrar que a sociedade e o setor produtivo brasileiro mantêm-se firmes no Acordo de Paris e que o protagonismo na agenda de clima, florestas e desenvolvimento sustentável e a governança climática são grandes oportunidade para o Brasil; promover compromissos empresariais e prioridades para a agenda de clima, florestas e desenvolvimento sustentável; e apresentar experiências, negócios, soluções, tecnologias e políticas brasileiras que valorizam, integram e fazem progredir os resultados da governança climática.