Nonato Guedes
“Nesta bancada do Jornal Nacional eu sou muito mais do que a Jornalista Larissa Pereira! Aqui eu sou PARAÍBA e tenho orgulho disso!”. Foi com essas palavras que a jornalista Larissa Pereira, âncora de telejornal da TV Cabo Branco, em João Pessoa, despediu-se do público telespectador, ontem, na bancada do “Jornal Nacional”, da TV Globo, que ela dividiu com o apresentador Matheus Ribeiro, da TV Anhanguera, de Goiânia (GO), como parte do rodízio comemorativo aos cinquenta anos do mais importante noticioso televisivo nacional. A performance de Larissa foi acompanhada com atenção na Paraíba e arrancou aplausos, pelo equilíbrio, firmeza e empatia da jornalista.
Na edição de ontem, Larissa e Matheus repassaram informações sobre temas de repercussão internacional, como o aniversário da queda do Muro de Berlim, que dividiu as Alemanhas Oriental e Ocidental, e o “comício” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em regozijo pela sua soltura determinada pelo Supremo Tribunal, manifestação ocorrida no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, onde Lula iniciou trajetória de líder da categoria, daí alçando à carreira política. Coube a Larissa ler um mini-editorial da Rede Globo rechaçando insinuações de Lula sobre parcialidade na cobertura jornalística e asseverando que a emissora pauta-se pela abertura de espaços para “o contraditório”, sem discriminar facções políticas.
Dentro do planejamento calculado por William Bonner, que apresenta regularmente o “JN” com Renata Vasconcellos e é editor-chefe do jornalismo da Globo, houve espaço para matérias sobre os Estados onde nasceram os apresentadores. No caso da Paraíba, o enfoque foi para uma reportagem produzida por colegas de Larissa na TV Cabo Branco sobre o algodão colorido, que é industrializado e comercializado no Estado, atendendo a públicos exigentes de diferentes lugares do Brasil e do exterior. Quando da intervenção da apresentadora que fornece informações sobre a previsão do tempo, a prioridade foi para as capitais da Paraíba e de Goiás. Antes do “Boa Noite” de encerramento, Larissa fez blague, com o sotaque nordestino pronunciado: “Oxente, e já acabou?”. Em seguida, se disse muito honrada e gratificada com a oportunidade ímpar de sentar na bancada do “Jornal Nacional”, que em seus 50 anos acolheu nomes de destaque como Cid Moreira, Sergio Chapellin e Fátima Bernardes.
Os pais de Larissa acompanharam a sua apresentação no “JN” em um movimentado shopping da Capital paraibana, em que foi instalado um telão e que registrou entradas seguidas de um repórter da TV Cabo Branco no noticioso “JPB Segunda Edição”. A passagem dos dois âncoras pela bancada significou o coroamento de uma fase de ansiedade e muita expectativa, desde o momento em que ambos foram comunicados de que iriam se apresentar no dia 9 (ontem). Larissa chegou com antecedência ao Rio de Janeiro para se entrosar com o editor William Bonner e conhecer, de perto, os cenários onde são apresentados outros noticiosos e programas, como “O Globo Repórter”, o “Fantástico” e o “Jornal Hoje”. O consenso entre jornalistas e admiradores e admiradoras de Larissa foi o de que ela contribuiu, imensamente, para divulgar notícias positivas da Paraíba em dimensão nacional e internacional.