Figuras de destaque dos mais diversos segmentos sociais de Campina Grande externaram condolências pela morte, ontem, no Recife, do jornalista William Monteiro, aos 68 anos de idade. Vítima de leucemia. Acometido de uma leucemia, William batalhou ferrenhamente pela vida no leito de um hospital e faleceu a praticamente um mês de completar 69 anos, como registrou o também jornalista Marcos Alfredo Alves. O ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que teve William como assessor, lamentou profundamente a perda de um quadro valoroso da imprensa paraibana, chamado, carinhosamente, pelos amigos, de “Nezim”.
O jornalista foi, também, assessor do ex-prefeito de Campina e ex-governador Ronaldo Cunha Lima. Marcos Alfredo assim o descreveu: “William Monteiro era bairro da Liberdade. Era o encontro rotineiro no bate-papo do Café Aurora. Era a visita às bancas de revistas do centro da cidade e sentia grande prazer em passear pelas ruas de Campina Grande. Sentia-se seguro e amado junto à família, mas gostava de respirar os ares de Campina em seus devaneios geográficos semanais. Acompanhou várias gerações de jornalistas e tinha um olhar desconfiado para as novas tecnologias, mas nunca fugiu ao desafio de fazer uso delas, na medida de sua capacidade. Era uma figura singular, inteligente, culto e espirituoso, mas, ao mesmo tempo, reservado, discreto e reflexivo. Num dado momento era capaz, com gestos grandiloquentes e teatrais, de narrar um fato com toques de dramaticidade cômica e pouco depois recolher-se em suas reflexões ou mesmo retirar-se do ambiente deforma sutil, quase imperceptível”.
O ex-senador Cássio Cunha Lima assim se referiu a William Monteiro: “Criou uma linda família. Cultivou amigos, plantou árvores, cuidou dos pobres, semeou o bem. Leu e escreveu muito. Riu e fez rir bastante. Poderia ser um resumo da vida do filho de Dona Judite e de Nezinho da Sanbra? Não! Não se resume uma vida tão intensa como a de William Monteiro de Lima. Culto e inteligente, leal e fiel, ético e decente, humano e solidário. Como todos nós enfrentou dificuldades, como poucos de nós soube enfrentá-las. Será difícil andar pelas ruas de Campina sem a sua presença. Será duro viajar pela Paraíba sem aa sua companhia. Milhares de quilômetros percorridos juntos. Quilos de sal compartilhados na mesma mesa. Sonhos que tivemos e realizamos. Lado a lado tivemos muitas vitórias, algumas derrotas. Foram indiferentes para a nossa relação. Tempo bom ou tempo ruim, sempre estivemos juntos. Tanta coisa para lembrar, tanto para contar. Digo apenas uma coisa: perdi o meu maior e melhor amigo. Obrigado por tudo, Nezinho”.