Já estava tudo certo, pelo menos em tese, para o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV) , antecipar em dezembro o anúncio do nome do candidato do seu esquema às eleições municipais de 2020 para sua sucessão. Ontem, ele voltou atrás nesse prognóstico e informou que as definições sobre a indicação ficarão, mesmo, para 2020, repetindo a tática usada na campanha estadual de 2018 quando o candidato apoiado por ele ao governo só foi definido no início do processo eleitoral. Na época, Luciano optou pela candidatura do irmão gêmeo Lucélio Cartaxo, atualmente seu Chefe de Gabinete na prefeitura da capital, que ficou em segundo lugar na disputa, abaixo de João Azevêdo, o vencedor, e teve como candidata a vice a doutora Micheline Rodrigues, mulher do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, do PSD.
O argumento que Cartaxo publicizou nas últimas horas é o seguinte: “Nós não estamos em campanha. Nós estamos trabalhando, fazendo mais pela cidade de João Pessoa, anunciando concurso público e uma série de ações. Essa é a questão fundamental: campanha eleitoral só em 2020. Nós estamos virando 2019 para 2020, então, tem muita coisa para fazer ainda neste ano”. O alcaide manteve o compromisso de apoiar um candidato saído dos quadros da administração que empalma na Capital. “Nós temos grandes quadros na prefeitura que, sem dúvida alguma, estão preparados para conduzir a cidade nos próximos quatro anos”, justificou o alcaide, na coletiva em que anunciou concursos públicos com abertura de 1.59 vagas.
Luciano Cartaxo, ao mesmo tempo em que sublinha que o PV deverá anunciar um nome forte e competitivo para ganhar as eleições, adverte que o mais importante é que seja dada continuidade ao trabalho ora empreendido em João Pessoa. “E fazer mais, porque nós vamos deixar a cidade preparada para crescer muito. Vamos deixar a cidade com R$ 100 milhões em caixa do programa “João Pessoa Cidades Sustentáveis” e com muitas obras em andamento, com recurso pronto, guardado, para a sua conclusão”, adiantou. No rol dos nomes cogitados para a disputa surge como principal o secretário Diego Tavares, do Desenvolvimento Social, mas também aparecem como opções Adalberto Fulgêncio (Saúde) e Zennedy Bezerra (Desenvolvimento Urbano), bem como Socorro Gadelha, da Habitação, Daniela Bandeira, do Planejamento, e Sachenka da Ora, da Pasta de Obras. O vice-prefeito Manoel Júnior, do Solidariedade, também não esconde o desejo de ter o apoio de Cartaxo para entrar no páreo.