Kubitschek Pinheiro
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Exatamente. Sim, há nesse afirmar uma sacada que não é só minha. Ontem, nas calçadas e praças (onde o povo ainda tem voz), só se falava na saída do governador João Azevedo do PSB. Me parece que muita gente não gostou. O que sei é que nem tudo é como querem ou como se deseja ser. Ora, João é o governador. Estou velho, mas “soul” do tempo em que a canetada tinha lá seu poder. A minha Bic não resolve nada. Aliás, não sou nem colunista politico, nem cientista politico. Em que pé estamos?
Há uma pluma suavíssima e selvagem e não há uma sombra de uma dúvida em cada coisa. Não sei porque estou chamando de coisa. O dia me parece magnífico e tudo em paz. Não sei onde, mas talvez haja.
Para mim, uma boa reza, um espécie de bantô vai nos acompanhando quando não um andor, quase um santo, uma santa, uma alegoria; seu orixá, uma cruz e um preço, mas ninguém é santo, viu? Vejo o que vejo, um punhado de “bilros” que são atirados de um lado para o outro em percussões que lembram o som de algum pagode, que não é meu viver. A politica e seus personagens. Pow!
Muitos desejam ser um “diamante” verdadeiro, nunca o que está na canção, porque nesse universo todo de brilhos e bolhas, disparados dos pescoços das “chandons” antes do Natal e Réveillon, não vai dar certo. Ou seja, nem tudo é preto no branco. Não pense que o governador João Azevedo, está noutro recôncavo. Você já foi à Bahia, nêga? Não? Então vá!
Não precisamos ir muito longe para entender que até nas madrugadas, a realidade também boceja. A metáfora, por exemplo vem do grego e quer dizer: “aquilo que nos leva além”. Eu gosto das metáforas e não ouso dormir com elas, claro.
Há quem prefere antes o obscuro que o óbvio. O óbvio é ultrajante, já a metáfora, à luz do abajur lilás, livre de gramática e lida pelas tempestades, é a melhor maneira de entendermos certos lunduns e chiliques. Sim, não é chique dar chiliques, mas vamos seguindo com as aberrações da politica paraibana. Sempre foi assim? Sim.
Sim, bem sei que escuridão noturna é a única caverna que sobrou desde os tempos pré-históricos. Alô, tem alguém aí?
No entanto, a cronica chega ao fim e nós, fulanos, falamos e escrevemos e curtimos quase tudo no jogo das metáforas, mas em nome de não sei o quê, banalizamos e somos banalizados. Preto no Branco? Ora, Como disse Camões: “Quem não ama a arte não a estima”. E priu.
Em que pé estamos?