Nonato Guedes
O senador José Maranhão, presidente do diretório regional do MDB na Paraíba, afirmou que ainda é cedo para avaliar os rumos do governo do presidente Jair Bolsonaro, principalmente no que diz respeito à política econômica e a medidas de caráter social que beneficiem parcelas da população brasileira. O parlamentar, que prestigiou, ontem à noite, o lançamento do livro “Como Penso”, do empresário e acadêmico Roberto Cavalcanti, diretor-proprietário do “Correio da Paraíba”, disse que há expectativas otimistas para o próximo ano, mas elas estão condicionadas a reformas que o governo tenha implantado em 2019 e ao conjunto de propostas votadas e aprovadas na Câmara Federal e no Senado.
Maranhão considera o ano legislativo extremamente produtivo, lembrando o empenho dos parlamentares na discussão e votação das propostas de reformas encaminhadas ao Congresso, em sintonia com as mais prementes reivindicações da sociedade. Citou, especificamente, o caso da reforma da Previdência que, conforme ele, se arrastou por diferentes governos, do de Fernando Henrique Cardoso ao de Michel Temer, passando pelos governos petistas, mas que encontrou seu estuário na gestão do presidente Jair Bolsonaro, com a decidida colaboração de entidades de classe e a mobilização de segmentos representativos da sociedade.
Para o senador paraibano, há uma consciência mais latente, hoje, por parte dos representantes do povo, quanto ao encaminhamento e desfecho de demandas que ficaram represadas durante alguns anos na conjuntura institucional do país. Esse processo de conscientização, conforme o senador José Maranhão, refletiu-se de forma nítida na elaboração de projetos e no oferecimento de contribuições por parte de senadores e deputados, para aperfeiçoar matérias e textos oriundos do próprio Executivo, de maneira a democratizar as instâncias de decisão e de influência da população. Em relação ao governo João Azevêdo, na Paraíba, José Maranhão frisou que dá um crédito de confiança pelo empenho que ele demonstra, e pela mobilização que tem encetado para atrair investimentos que gerem emprego e renda para os paraibanos. Mencionou como exemplo o recente périplo de Azevêdo, juntamente com governadores do Nordeste, por vários países da Europa, quando se reuniram com autoridades governamentais e setores do empresariado, apresentando as potencialidades da região e as oportunidades para investimento. A sua expectativa é de que os resultados da missão dos governadores comecem a aparecer concretamente agora em 2020.
O senador não quis aprofundar conceitos sobre a crise política reinante no PSB que motivou o desligamento do governador João Azevêdo daquele partido, nem tampouco comentar a atitude do ex-governador Ricardo Coutinho, que passou a comandar, de fato e de direito, a legenda socialista no Estado. “É uma questão de economia doméstica”, salientou o ex-governador emedebista, observando que seu partido está se preparando para disputar as eleições municipais do próximo ano, lançando candidatos competitivos a prefeito em cidades importantes. “No momento oportuno, daremos ciência das definições que estão sendo tomadas”, finalizou Maranhão.