O Tribunal Superior do Trabalho (TST) escolheu, ontem, Maria Cristina Peduzzi como presidente da Corte e do Conselho Superior de Justiça do Trabalho até 2022. Ela será a primeira mulher a chefiar o TST. O vice-presidente será o ministro Vieira de Mello, e o novo corregedor geral o ministro Aloysio Corrêa da Veiga. A posse da nova direção está marcada para o dia 19 de fevereiro. O presidente do Tribunal e do Conselho, ministro Brito Pereira, desejou “sorte à futura administração”, dizendo: “Temos certeza de que a ministra Cristina fará um ótimo trabalho visando sempre ao fortalecimento da Justiça Trabalhista”.
Cristina Peduzzi afirmou estar ciente do relevante papel institucional da presidência. “Muito me orgulha a contingência histórica de ser a primeira mulher eleita presidente do Tribunal”, adiantou. Para a presidente eleita do TST, “os desafios institucionais são enormes”. Desde logo, ela acentuou seu compromisso com a Justiça do Trabalho e com a sua missão de pacificar os conflitos laborais. Por outro lado, por cinco votos a um, o Tribunal Superior Eleitoral já formou maioria em favor da cassação do mandato da senadora Selma Arruda, ex-juíza federal do Mato Grosso conhecida como “Moro de Saias” em referência ao atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ainda resta o voto de um dos magistrados, mas a menos que o último a votar peça vistas do processo, Arruda vai sair do julgamento sem o mandato por abuso de poder econômico.
Eleita em 2018 para o posto, Selma Arruda perde sua cadeira no Senado com menos de um ano de legislatura por irregularidades na campanha eleitoral. De acordo com o TSE, a ex-juiza cometeu crime de abuso do poder econômico e arrecadação ilícita de recursos. O primeiro a votar foi o ministro relator Og Fernandes na última quarta-feira, 4. Ele negou o recurso apresentado por Arruda e votou por manter as punições aplicadas pela Corte Regional contra Selma e seus suplentes por propaganda eleitoral produzida antes do período oficial de campanha. Segundo o jornalista André Shalders, da BBC Brasil, os ministros Felipe Salomão, Tarcísio Vieira, Rosa Weber e Luis Roberto Barroso acompanharam o relator. Edson Fachin foi o voto divergente. Ainda falta votar o ministro Sérgio Silveira Banhos.