Nonato Guedes
Uma articulação conduzida com habilidade nas últimas horas pelo presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, e pelo líder do governo João Azevêdo na Casa, deputado Ricardo Barbosa, ainda que sob protestos de membros da oposição, viabilizará a votação, amanhã, em caráter de “urgência urgentíssima”, no plenário, dos projetos encaminhados pela gestão estadual que modificam regras do regime próprio de Previdência do Estado da Paraíba. O governo alega que a urgência se impõe pela necessidade de adequação da Previdência paraibana ao projeto de reforma da Previdência Social aprovado no Congresso e enviado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
O deputado Ricardo Barbosa chamou a atenção para o fato de que todos os Estados, através dos respectivos governadores, estão promovendo as adequações exigidas sob pena de virem a ser prejudicados no futuro. O líder Ricardo Barbosa tranquilizou categorias do funcionalismo público afirmando que alguns itens considerados polêmicos na proposta estão sendo avaliados. “Sabemos que há algumas medidas que são questionadas, reclamadas pelo conjunto dos servidores. Algumas classes, como a Polícia Militar, os aposentados e reformados,têm feito apelos por entenderem que a reforma traz malefícios para suas carreiras e vidas funcionais, e isto está sendo levado em consideração. O propósito é o de aprovar a matéria porque entendemos que não há como o Estado fazer essa travessia sem se adaptar à reforma aprovada pelo Congresso Nacional”, especificou o líder governista.
Na opinião de Ricardo Barbosa, sem as medidas propostas, o Estado terá muitas dificuldades de levar adiante o projeto de governo de enfrentar os desafios que se apresentam e de continuar com os programas de obras importantes para a Paraíba. Barbosa salientou entender a postura assumida por integrantes da bancada oposicionista, questionando pontos da reforma, tais como a elevação do percentual de alíquota que terá de ser pago e descontado do contracheque de servidores públicos. “Os representantes da oposição estão no seu papel, mas precisam ser ponderados na análise do conjunto das questões embutidas na reforma previdenciária nos Estados”, salientou Ricardo Barbosa, ao comentar atitudes já assumidas pela deputada Camila Toscano, do PSDB. De sua parte, o presidente Adriano Galdino deixou claro que o seu esforço para o consenso em torno da “urgência urgentíssima” faz parte da postura de colaboração por parte da Casa que dirige está em sintonia com o seu compromisso de garantir a governabilidade da gestão de Azevêdo, tal como procedeu em relação às administrações do ex-governador Ricardo Coutinho.