Nonato Guedes
A advogada criminalista Nadja Palitot revelou com exclusividade ao site “Os Guedes” que será candidata à prefeitura de Bayeux pelo “Solidariedade” nas eleições do próximo ano e que tem confiança nas suas chances de vencer o pleito. Nadja, que já foi vereadora atuante, candidata a prefeita de João Pessoa e suplente de deputada estadual, tendo assumido a titularidade do mandato, é conhecida pela combatividade de suas posições e respeitada pela bagagem intelectual que possui. “O meu sonho é fazer uma revolução política-administrativa em Bayeux”, disse ela, empolgada com a receptividade que começa a ter com a proposta de candidatura.
O Solidariedade, que já foi presidido, na Paraíba, por Benjamin Maranhão, quando deputado federal, hoje está sob o controle do vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior, ex-deputado federal, ex-deputado estadual e ex-prefeito da cidade de Pedras de Fogo. Júnior tenta sair candidato a prefeito da Capital paraibana com o aval do prefeito Luciano Cartaxo (Partido Verde), que protela uma definição sobre nomes de sua preferência para o embate do próximo ano, alegando que está promovendo consultas junto a aliados políticos e pessoas de confiança para tomar uma decisão. Em 2018, Manoel Júnior, que migrou do MDB para o Solidariedade, alimentou a expectativa de vir a ser efetivado no comando da prefeitura de João Pessoa, na hipótese de renúncia de Luciano para disputar o governo do Estado. Entretanto, Cartaxo descartou a ideia e acabou lançando o irmão gêmeo Lucélio, que acabou ficando em segundo lugar, abaixo do eleito, João Azevêdo, no primeiro turno do pleito majoritário.
Nadja Palitot, cuja atuação profissional e política abrange a região metropolitana de JoãoPessoa, em que Bayeux está incluída, afirmou que quer dar sua contribuição para o resgate da moralidade e da “boa gestão” naquela cidade, que tem enfrentado impasses administrativos, o mais grave deles a prisão do prefeito Berg Lima sob acusação de ter aceito suborno de um comerciante da cidade, depois de ter agido para extorqui-lo. O alcaide acabou sendo posto em liberdade e reassumindo o comando da gestão em Bayeux, devendo tentar a reeleição no próximo pleito. Nadja passa ao largo dessas expectativas e enfatiza que tem como demonstrar ao povo de Bayeux que detém a fórmula para retirar a cidade do estágio “caótico” a que estaria submetida. Sua campanha será focada em termos “propositivos”, como ela antecipou, em entrevista por ocasião da festa de aniversário da revista “Tribuna”, do jornalista e procurador Manoel Raposo, na noite de ontem, na Asfita (Associação dos Filhos de Itaporanga).
A advogada criminalista enfrentou polêmicas quando passou a atuar na política em João Pessoa, a mais barulhenta delas a queda-de-braço que travou com o ex-governador Ricardo Coutinho pelo controle do Partido Socialista Brasileiro no Estado. Nadja estava filiada ao PSB e tinha canal direto de interlocução com o ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes de Alencar, que não escondia sua admiração pela performance política-ideológica da advogada. Ricardo, todavia, articulou-se com lideranças emergentes no comando do PSB, a exemplo do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, já falecido, e conseguiu assenhorear-se do comando da legenda, na época em que se desfiliara do PT, onde enfrentou ameaças de expulsão por suposta infidelidade partidária. Foi pelo PSB que Ricardo se elegeu pela primeira vez, em 2004, prefeito de João Pessoa, reelegendo-se em 2008. Nadja considerou-se vítima de um “golpe” na agremiação socialista e reagiu com ironia, alcunhando Ricardo de “pavão misterioso”, pegando carona na música de Fagner. Desde então, tem se mantido, aparentemente, afastada da militância política, mas causou surpresa ao informar que está expandindo os tentáculos de sua atuação por Bayeux, na região metropolitana.