Alvo da sétima fase da Operação Calvário – Juízo Final, que apura desvio de recursos públicos na Paraíba, o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) está fora do Brasil desde a última quinta-feira e já teve o seu nome incluído na lista de procurados da Interpol. A operação desencadeada hoje envolve cerca de 300 agentes da Polícia Federal-Gaeco, em endereços distintos na Paraíba e em outros Estados. Em seu blog no “Jornal da Paraíba online”, Suetoni Souto Maior diz que o socialista integra a lista de 17 agentes públicos e empresários com mandados de prisão expedidos pelo desembargador Ricardo Vital. Mandados de busca e apreensão de documentos foram expedidos, também, para o governo de João Azevêdo, segundo informou, há poucos instantes, ao vivo, a TV Cabo Branco, no “Bom dia, Paraíba”.
A lista dos envolvidos na nova fase da operação Calvário, sintomaticamente denominada de “Juízo Final”, é a seguinte, conforme revelado por Suetoni Souto Maior:Ricardo Vieira Coutinho; Estelizabel Bezerra (PSB), Márcia Lucena (PSB), Waldson de Souza, Gilberto Carneiro, Cláudia Veras, Coriolano Coutinho, Bruno Miguel Teixeira, José Arthur Viana, Breno Dornelle Pahim, Francisco das Chagas Pereira, Denise Krummenauer Pahim, David Clemente Correia, Márcio Nogueira Vignoli, Valdemar Ábila, Vladimir dos Santos Neiva, Hilário Ananias Queiroz Nogueira.
Estão sendo cumpridos 17 mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão, pela Polícia Federal, nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Bananeiras, Taperoá, Goiânia (GO), Parnamirim (RN), Natal (RN), Curitiba (PR) e Niterói (RJ). 350 policiais federais, 30 servidores da CGU, 6 Promotores de Justiça e 34 servidores do Gaeco estão atuando nas missões. A ação tem por objetivo investigar a atuação de organização criminosa por meio da contratação fraudulenta de Organizações Sociais para gerir os serviços essenciais de saúde e educação no Estado da Paraíba. Os levantamentos apontam que no período de 2011 a 2019, somente em favor das OS contratadas para gerir Saúde e Educação, o governo da Paraíba empenhou 2,4 bilhões de reais, tendo pago mais de 2,1 bilhões, dos quais 70 milhões de reais teriam sido desviados para o pagamento de propina aos integrantes da organização criminosa.