Nonato Guedes
Pela segunda vez o deputado federal paraibano Efraim Filho assume a liderança do “Democratas” na Câmara Federal. Ele foi praticamente escolhido por aclamação, ontem à noite, e agradeceu a confiança depositada pelos colegas, ao mesmo tempo em que prometeu se empenhar para corresponder às expectativas em torno de uma atuação proativa que defenda a pauta de reivindicações do DEM e os interesses maiores do país. A projeção, nos bastidores, era a de uma disputa entre Efraim Filho e o deputado Alexandre Leite, de São Paulo, mas acabou sendo firmado um consenso com a participação de figuras proeminentes do partido.
Leite vai dirigir uma Comissão sobre os rumos da agremiação durante o ano de 2020, subsidiando a direção nacional, que é presidida pelo prefeito de Salvador, Bahia, ACM Neto, em torno das estratégias que vão ser colocadas em pauta para os embates eleitorais. Efraim, que é filho do ex-senador Efraim Morais, primeiro secretário do Senado, já foi líder do DEM na Câmara no início de 2018. É considerado um quadro emergente e atuante na constelação de lideranças nacionais do Democratas. Na Paraíba, é nome cogitado tanto para a disputa majoritária estadual em 2022 como para a disputa pela prefeitura de João Pessoa no próximo ano. Ele tem dito a respeito que o DEM está avaliando cenários e consultando filiados para a tomada de posição.
O deputado Efraim Filho, que tem canais de interlocução privilegiados com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (SC) e com ministros do governo do presidente Jair Bolsonaro, como Henrique Mandetta, da Saúde, teve papel relevante no plenário da Câmara dos Deputados para a aprovação do projeto de reforma da Previdência Social encaminhado pelo governo federal. O Democratas integra um bloco partidário no Congresso que se propõe a influenciar nas votações de matérias relevantes em tramitação, do qual fazem parte o Solidariedade. O Avante e outras agremiações. Na Paraíba, Efraim Filho participa ativamente das articulações para o lançamento de candidaturas próprias a prefeito em cidades importantes e, ao mesmo tempo, para alianças políticas em outras cidades igualmente com peso político no Estado.