Novas exonerações de ocupantes de cargos no governo do Estado foram assinadas pelo governador João Azevêdo (sem partido) e constam da edição de hoje do Diário Oficial. Figura, a pedido, o ato de exoneração da secretária da Mulher e Diversidade Humana, Gilberta Soares. Com a saída dela, foi nomeada Lídia Moura, que era executiva da Pasta, para a titularidade. Também foi nomeado Ronaldo Guerra, Chefe de Gabinete do governador, para responder cumulativamente pela Secretaria de Governo, vaga depois da exoneração de Edvaldo Rosas, ex-presidente estadual do PSB e citado na sétima fase da Operação Calvário.
Além disso, o governador do Estado resolveu exonerar diversos servidores da secretaria da Mulher e Diversidade Humana, como a irmã da deputada estadual Estelizabel Bezerra, Esterlândia Bezerra. Por outro lado, um dia após ter seu nome citado entre suspeitos de participação em um esquema de corrupção a partir do governo da Paraíba, a presidente da PBGás, Tatiana Domiciano, foi exonerada do posto. A comunicação foi feita, ontem mesmo, pelo governador João Azevêdo ao conselho administrativo da companhia. Tatiana, que ocupou, também, a secretaria de Comunicação Institucional no governo de Ricardo Coutinho, foi a primeira mulher a assumir a presidência da Companhia Paraibana de Gás, já em 2018.
Na medida cautelar inominada, assinada pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator da Operação Calvário no Tribunal de Justiça da Paraíba, Tatiana foi mencionada como integrante do Núcleo Administrativo de uma organização criminosa que tinha como objetivo manter um “projeto de poder” comandado pelo ex-governador Ricardo Coutinho. Em nota distribuída com a imprensa, Tatiana revelou que somente através da imprensa tomou ciência da medida cautelar inominada e que, por isso, estava buscando o acesso integral aos termos do processo. Ela se colocou à inteira disposição para prestar quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.
Por sua vez, o irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho, ingressou com pedido de habeas-corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça em Brasília. O escritório de advocacia pernambucano Ademar Rigueira é quem representa Coriolano, que foi preso na terça-feira na sétima fase da Operação Calvário. Ele passou por audiência de custódia conduzida pelo juiz Adilson Fabrício e vai continuar preso na Penitenciária de Segurança Média de Mangabeira. A prefeita do Conde, Márcia Lucena, passou por audiência de custódia e teve mantida a sua prisão, juntamente com outros implicados na Operação Calvário. Os advogados pediram prisão domiciliar para a prefeita do Conde, mas o juiz negou e a encaminhou para uma ala diferenciada da Penitenciária Júlia Maranhão. A defesa de Waldson de Souza igualmente solicitou prisão domiciliar, alegando problemas de saúde da esposa do ex-secretário, mas o pleito foi indeferido.