O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou a operação realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro contra seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, também sem partido, e defendeu que não tem nada a ver com a investigação. Na manhã de ontem, o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu vários mandados de busca e apreensão em endereços de ex-assessores de Flávio, tanto na capital como em Resende (RJ). Os policiais procuram endereços de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador, seus familiares e ainda parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro.
As medidas cautelares foram pedidas na investigação sobre lavagem de dinheiro e peculato envolvendo Flávio quando ele era deputado estadual. A suspeita é de que havia um esquema de “rachadinha” no gabinete, ou seja, apropriação de parte do salário dos assessores, além de funcionários fantasmas. Ontem, na entrada do Palácio da Alvorada, Bolsonaro inicialmente se negou a comentar a ação do MP-RJ mas depois defendeu que não tem relação com o caso. “O Brasil é muito maior do que pequenos problemas. Eu falo por mim. Problemas meus, podem perguntar que eu respondo. Dos outros, não tenho nada a ver com isso”.
O presidente também citou investigações contra ele que seriam injustas, em sua opinião, como a acusação de racismo, inquérito que acabou arquivado pelo Supremo Tribunal Federal e o depoimento citando seu nome como parte do inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre a morte da vereadora Marielle Franco, do PSOL.