KUBITSCHEK PINHEIRO
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Do Mercado de Peixes de Tambaú ao açude velho de Campina Grande, gente alta é galalau. Que legal. Não é bacana? Ontem dei uma carona e a pessoa escolheu ficar sentada no banco detrás do carro, e ainda pediu que eu aumentasse o som, (a música que tocava era… Meu mundo caiu), e ela comentou: “Acho que lhe conheço de outras vidas”. Quase dou um “cavalo de pau”.
Logo mudei a sintonia: comecei a cantar “bota a sobremesa eu como, eu como. Eu como, eu como … você” Aliás, no interior do Mercadinho do Zeca, duas senhoras comentavam sobre o queijo de minas, uma dizendo que o produto é “massa demais” e a outra, chegou a denominar de peba o queijo de coalho que ela havia comprado na feira de Oitizeiro. Isso porque não conhecem o coração americano de Milton Nascimento. Esquece.
Voltemos ao Uber. Ninguém gosta de saber que estão mangando disso ou daquilo, mas na Paraíba, quando uma pessoa começa a rir demais, está mangando da outra ou tendo um ataque. Deus é pai. Sim, desaprenda a crer num deus que precisa ser defendido.
Com a chegada da Calvário não existe mais bobo na Corte. Corte na carne. Sim, bobo se chama leso e a pessoa quando está com raiva, está invocada. Não é o máximo? Poxa, o pau que tem na cidade são “artistas”. Aqui tem tanto “artista” que metade é de plástico, mas hoje a gente não quer tergiversar. E existe aquele tipo de artista que gosta que falem bem de suas obras. Tem artista obrando muito bem. Notícias do finado Cio branco, irmão de Marlôn Brando?
No litoral não é muito diferente do sertão. Ei, tira o sertão dessa história. Mas aqui, as pessoas já vão saindo e dizendo, vou chegar, minha gente. Saudades de vovó Piinha, vó de Germano Romero. Uma pessoa chegava para visitá-la e ela ia logo perguntando: “vai embora a que horas?” Minha Tia Sinhá era craque em colocar um garfo agarrado noutro e assim esquentava o “fundo” da pessoa que se mandava. As águas vão rolando… Na verdade, o importante é ser fevereiro.
Ia descendo a ladeira da preguiça, quando a mulher do Uber perguntou se eu ainda gostava de sorvete que me deixou gripado para o resto da vida. Eu disse, gosto e arregalo o peito. “Vem comigo?” disse ela.
Na escada rolante do Mana Xopim escutei uma amiga dizendo a outra: “Fulana agora está podendo, né?”. E a outra: “É, estou folgada”. Há quem a chame pra briga. Quem tem sorte, o povo chama de “cagado”.
É cada uma que dá dez. Um papo ao vivo vale mais que um documentário. Por exemplo: Quem dá duro, trabalha mais do que devia e quem dá furo, não cumpre o prometido, é fulero. E quem dá calote? É o que mais tem. Ei, você nem pagou a sobremesa?
Gente insistente é um perigo e têm aqueles que seguram no pé da pessoa. Esses, são os famosos encostos. Agora, cite coisas que todo mundo ama e você detesta!
Magaly e Natureba são dois amores. Elas gostam do que é bom.
Ué, a mulher da carona? Qual delas?
Kapetadas
1 – O ócio é elegante? Vou escrever sobre isso: um monte de gente não faz nada e anda montando em carros e roupas com o dinheiro do polvo. É isso mesmo, o povo.
2 – Lázaro Ramos é convidado para representar Jesus no desfile da Mangueira.
3 – “Som na caixa: “Vivo condenado a fazer o que eu não quero”, Roberto Carlos
4 – Ilustração @iaraNaika