Embora esteja inelegível, a dados de hoje, para participar como candidato das eleições presidenciais de 2022, por ter cumprido pena de prisão em Curitiba e responder atualmente em liberdade a processos por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda polariza com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) as preferências para a corrida eleitoral de 2022. Uma pesquisa divulgada, ontem, em Brasília, pela Confederação Nacional dos Transportes e encomendada ao instituto MDA, apurou as intenções de voto espontâneas dos entrevistados para o pleito daquele ano. Bolsonaro lidera com 29,1% das intenções, o petista tem 17%, seguido de Ciro Gomes, do PDT, com 3,5%, Sergio Moro (sem partido), com 2,4% e Fernando Haddad, do PT, com 2,3%.
Haddad foi o oponente principal de Bolsonaro na disputa de 2018, apoiado fortemente por Lula e perdeu no segundo turno, tendo obtido resultados expressivos na região Nordeste. Ciro Gomes foi a opção de eleitores que não simpatizavam com Bolsonaro mas também renegavam Lula, todavia, não chegou a ter um desempenho competitivo, como esperavam analistas políticos. Sergio Moro não tem militância política, sendo proveniente do Judiciário e estando atualmente no ministério da Justiça do presidente Jair Bolsonaro. Ganhou popularidade e credibilidade ao operar na Lava-Jato e decretar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Chegou a ser o vice dos sonhos de Bolsonaro para uma chapa encabeçada por ele em 2022, mas tem colecionado focos de desgaste à frente da Justiça.
A pesquisa CNT/MDA indicou, também, a aprovação crescente do governo Jair Bolsonaro, que subiu de 29,4% para 34,5% nos últimos cinco meses. O levantamento ouviu 2.002 pessoas, de 15 a 18 de janeiro, em 137 municípios de 25 Estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Consideram regular o desempenho do governo 32,1% dos entrevistados – eram 29,1% em agosto. Entre os pesquisados, 30,1% avaliam que a área com melhor desempenho no governo é o combate à corrupção, seguido por economia e segurança. As áreas com pior avaliação são as de saúde, educação e meio ambiente. A conclusão foi de que há expectativas positivas de melhora do país e de recuperação dos índices de avaliação pessoal de Bolsonaro.
O site “Congresso em Foco” informa que o presidente Jair Bolsonaro avalia escolher um partido já existente para abrigar integrantes do seu grupo político que querem se candidatar nas eleições de 2020. A legenda seria um “Plano B” caso o Aliança pelo Brasil não seja oficializado pelo Tribunal Superior Eleitoral até abril próximo, prazo máximo para um candidato estar filiado a uma legenda. O assunto foi discutido, ontem, com o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e com o deputado Daniel Silveira, do PSL-RJ.