Nonato Guedes
Em sessão prolongada que teve início na manhã de ontem e foi concluída na madrugada de hoje, sete vereadores da Câmara Municipal de Bayeux livraram o prefeito Berg Lima do processo de cassação movido contra ele, de um total de três, por alegada irregularidade administrativa. No caso específico, a matéria versava sobre o pagamento de adicional noturno a funcionários da prefeitura que dão expediente durante o dia. Os aliados do prefeito sustentaram que a medida consta de dispositivo legal, mas o presidente Jefferson Kita decidiu levar adiante a proposta de cassação do mandato.
Eram necessários 12 votos, no quadro da composição do legislativo de Bayeux, para a concretização da cassação de Berg, que ainda responderá a mais dois processos, também de irregularidades. Apenas dez votos, contudo, foram anotados. Os debates foram intensos durante todo o dia, entre representantes de defesa e de acusação. Populares, atraídos pela repercussão do noticiário, acorreram ao plenário da Câmara para se inteirar das discussões. O prefeito Berg Lima já havia sido afastado do cargo e cumpriu pena de prisão, logrando reassumir a prefeitura, numa reviravolta espetacular. Kita negou que tenha manobrado nos bastidores para viabilizar a cassação de Berg por interesse próprio já que sucederia a ele na hipótese.
– Pela lei, se tivesse prevalecido a cassação, eu assumiria o cargo de prefeito interinamente, até a convocação de eleições para preenchimento da vaga – salientou o presidente da Câmara Municipal.