Kubitschek Pinheiro
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Cenas de haveres. Bem longe das mentes vazias nesse jogo cruel de “inverdades”, gororobas, bazarocas no enquadramento da Operação Calvário. Eu estou perto do mar e longe da cruz. Aliás, não existe cruz vermelha, toda cruz é de uma incolor e nela, pregaram Jesus e dois ladrões. Já a cruz vermelha lembra muita coisa que passou pelo ralo. Ei, vc, ou vocês… vão pagar dobrado cada lagrima rolado no penar de muitos.
Alguém gritou do outro lado da calçada: “Senhor K, quando vai fazer sua delação”. Era uma puta alegre: certamente sonhando com entradas eróticas, sem bandeiras. Ao que um mendigo respondeu “E você que só diz inverdades”. Onde está minha solda cáustica? Quero tocar fogo nesse fim de mundo, onde a barbaridade virou cena comum.
Não deixa de ser curiosa a forma como tudo isto é “insupostamente” debatido. De vez em quando, é bálsamo este tipo de coisa nesse retiro de barulhos no cubículo do mundo. Para traduzir isto (muita gente se encontra em total abstêmia), entendam, é a famosa receita oitocentista de Jerome K (foto). Jerome no livro “Três Homens Num Barco” (já para falar do cão). Au! Olá, como vai?
Para evitar que tenham que ir pela vastidão das vísceras pessoais à procura do velho escarrar, tudo na mesma. Cadê Augusto e os anjos de Berlim? Chamaram o mestre de “mestre” camuflagem, mas não é bem essa a sua praia. Socorro, eu não estou sentido nada.
Ontem uma senhora gritava por Socorro!, na Praça dos 4 Poderes e eu correndo atrás do futuro. A resposta surgiu como se fora o verso: “O futuro é uma coisa cá dentro que nos dá coragem”. Poucas vezes assisti a um acerto tão justo e, ainda por cima, em forma de metáfora. Pow!
É uma coisa cá dentro? Não sabemos muito bem o que é. Mas que o futuro já passou, eu sei e quem me contou foi Paulinho da Viola. Podemos também chamar-lhe coragem, energia esperança e fel – “a fé, paixão e fé, a fé, faca amolada”. Cadê meu facão que meu avô Né me deu no dia que eu vim-me embora ?
O que vale mais, a opinião ou o argumento? O orgasmo! Mas a caravana está rindo e vai continuar até o dia amanhecer.
PS. Há tempos não uso mais o PS. Mas estou lendo o livrinho “A felicidade é inútil”, de Clóvis de Barros Filho. Ai pensei, nesse país encardido, felizes são os cães, que vão dormir menos acuados que muitos brasileiros. E priu.
Kapetadas
1 – PoisZé! Vítimas viram news; fake news causam vítimas.
2 – Onde andará Maria Preá
3 – Som na caixa: “Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia”, MiltoNascimento