Depois de Livânia Farias e Ivan Burity, mais um ex-secretário do governo Ricardo Coutinho (PSB) fechou acordo de delação premiada na Operação Calvário, que apura desvio de recursos públicos das áreas da Saúde e Educação, bem como pagamento de propinas. De acordo com a revista “Crusoé”, na tarde da última quinta-feira, 23, o ex-secretário de Saúde do Estado, Waldson de Sousa, compareceu à sede da Superintendência da Polícia Federal para dar início aos depoimentos atinentes à sua delação. O ex-secretário havia sido preso no dia 17 de dezembro de 2018 junto com o ex-governador Ricardo Coutinho e outros 15 integrantes da chamada organização criminosa, como a denominou o Ministério Público.
Coutinho foi solto depois de um habeas corpus concedido pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça – historia a revista. Um novo pedido de prisão do ex-gestor foi formulado pelo Ministério Público, aguardando apreciação do desembargador Ricardo Vital, relator do processo no Tribunal de Justiça da Paraíba. Em um dos áudios reunidos pela Operação Calvário, Waldson Sousa aparece combinando com o procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro e um empresário não identificado, como seria o procedimento para que a empresa em questão fosse a vencedora de uma licitação na área da Saúde.
A revista “Crusoé” relata: “A organização criminosa comandada por Ricardo Coutinho teme pelo que Waldson possa revelar. O ex-secretário era um dos mais próximos auxiliares do ex-governador, a ponto de ter sido escalado para coordenar a campanha do PSB no Estado. Com a eleição de João Azevêdo ao governo da Paraíba, Waldson virou secretário do Planejamento. Também se tornaram delatores os servidores estaduais Leandro Nunes e Maria Laura Caldas, além do empresário Daniel Gomes, ex-operador da Cruz Vermelha Brasileira do Rio Grande do Sul”.