Depois de muita controvérsia, os deputados estaduais aprovaram hoje à tarde, em dois turnos, por maioria, a criação da Fundação PBSaúde, proposta pelo governo João Azevêdo (Cidadania) com vistas ao gerenciamento de hospitais e outras unidades da rede pública de saúde. O placar sinalizou 19 votos favoráveis, cinco contrários e uma abstenção. Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia havia se posicionado contrariamente ao projeto, alegando a existência de “inconstitucionalidades”. Hoje, os debates em plenário ganharam corpo e o presidente Adriano Galdino decidiu submeter a proposta à votação. Votaram contra os deputados Moacir Rodrigues, Cabo Gilberto, Raniery Paulino, Camila Toscano e João Bosco Carneiro. A abstenção foi do deputado João Henrique.
O presidente da Assembleia, deputado Adriano Galdino (PSB), mesmo respeitando o ponto de vista de deputados oposicionistas sobre supostos “jabutis” que estariam no texto da proposta encaminhada pelo governo à Casa, defendeu a sua aprovação, ponderando a necessidade de não haver atraso no pagamento de salários de funcionários que farão parte dos quadros da PBSaúde, bem como invocando a urgência do funcionamento da Fundação pelo fato de substituir organizações sociais que tinham contratos com a administração estadual e que foram descredenciadas pela gestão de João Azevêdo. Adriano Galdino apelou para o bom senso dos deputados diante da imperiosidade da matéria.
Pela manhã o líder do governo na ALPB, deputado Ricardo Barbosa, havia manifestado estranheza com o posicionamento de deputados oposicionistas, justificando que o governo de João Azevêdo atendera a uma exigência deles quando do descredenciamento das organizações sociais. A deputada Camila Toscano argumentou que a restrição não foi feita à criação da PBSaúde em si, mas ao modelo proposto pelo governo, que conteria algumas excrescências. Adriano Galdino contrapôs, todavia, que as organizações sociais já não operam mais no Estado e que a Fundação sugerida pelo governo vem suprir exatamente a lacuna e atender demandas dos segmentos mais carentes. Foi, então, que a queda-de-braço se resolveu em plenário, a favor do governo João Azevêdo.