A jornalista paraibana Rachel Sheherazade, apresentadora do Jornal do SBT, afirmou na madrugada desta quinta-feira que já recebeu ameaças de morte e que seus filhos são constantemente ameaçados depois que passou a criticar o presidente Jair Bolsonaro. “Campanhas difamatórias, ataques em massa, ameaças de morte, ameaças contra meus filhos, têm sido uma rotina desde que ousei criticar o então candidato Jair Bolsonaro, ainda no episódio da greve dos caminhoneiros em 2018”, disse a jornalista da emissora de Sílvio Santos.
A informação foi publicada em uma sequência de tuítes em que a apresentadora afirma não estar surpresa com os ataques direcionados à jornalista Vera Magalhães, autora de reportagem sobre a convocação de Jair Bolsonaro feita aos atos de 15 de março, pedindo o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. “Não me surpreendem os ataques direcionados à jornalista Vera Magalhães. São da mesma natureza – vil, covarde, decrépita e misógina – das agressões a outras colegas de profissão como Miriam Leitão, Eliane Catanhede e Campos Melo. O que têm em comum, além das vítimas serem mulheres?”, tuitou, citando jornalistas já atacadas pela milícia virtual bolsonarista.
– Todos partem do mesmo escritório virtual do crime, já denunciado na CPI das Fake News e solenemente ignorado pelo Sr. PGR e pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro. A violência que minhas colegas sofrem eu sofri e tenho sofrido também – adiantou Rachel Sheherazade. Rachel diz ainda que não pode afirmar que os ataques sejam feitos a mando de Bolsonaro, “mas não há como negar que ele tira proveito do ódio que semeia”. E mais: “É esse ódio que inspira seus discípulos, que encoraja os covardes, que põe em cheque a própria liberdade de imprensa”.