Nonato Guedes
Mais um capítulo da polêmica envolvendo a jornalista paraibana Rachel Sheherazade, apresentadora do telejornal SBT Brasil, e familiares/apoiadores do presidente Jair Bolsonaro: a deputada federal Carla Zambelli, do PL-SP, valeu-se de redes sociais para acusar Rachel de incitar o assassinato do capitão-presidente. Sheherazade, por sua vez, havia denunciado que sofreu ameaças de morte, juntamente com familiares, após ter formulado críticas em redes sociais ao presidente Jair Bolsonaro, o que foi desqualificado por um filho do mandatário.
A deputada Carla Zambelli escreveu no Twitter: “Não me surpreende que Rachel Sheherazade esteja incitando o assassinato do presidente da República. Matar opositores é da essência do esquerdismo – lembrem-se dos 100 milhões de mortos em regimes comunistas – e nem mesmo esquerdistas recém-convertidos conseguem escapar disso”. Na quinta-feira, 27, Sheherazade havia postado no Twitter: “Organizadores do #facadafest foram convocados a prestar depoimento à PF de Sérgio Moro por apologia de crime e crime contra a honra de Jair Bolsonaro. Não vamos divulgar o evento nem os cartazes do grupo punk de Belém, taokey? Peço que não retuitem, pela honra do nosso presidente!”.
Rachel Sheherazade tornou-se celebridade controversa desde que tinha liberdade de tecer opiniões no principal telejornal do SBT sobre questões políticas e assuntos gerais do cotidiano. Ela foi carimbada como “direitista” por grupos ligados ao Partido dos Trabalhadores e aos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Posteriormente, o bombardeio contra Rachel se intensificou com manifestação dela, de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro a presidente da República, no You Tube. Quando passou a criticar declarações e medidas do governo de Bolsonaro, atraiu a ira dos correligionários e aliados deste. O empresário Luciano Hang, proprietário da Havan, chegou a pedir publicamente ao empresário e apresentador Sílvio Santos a demissão de Rachel Sheherazade, por ele chamada de “impatriótica” e de “comunista”.