A Secretaria de Saúde da Paraíba descartou, ontem, o primeiro caso suspeito de coronavírus no Estado, que havia sido notificado na última terça-feira, 25. Tratava-se de um homem de 59 anos, que reside em João Pessoa, com histórico de viagem à Itália entre 14 e 23 deste mês, que ainda durante a viagem apresentou sintomas como tosse, febre e coriza. O resultado do exame laboratorial que descarta o Covid-19 apontou positivo para rinovírus – a análise foi realizada por laboratório local e confirmada pelo Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde, localizado em Belém (PA).
O paraibano segue internado no Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa, até a melhoria do quadro geral. Já os familiares que o acompanhavam também serão liberados da quarentena que cumprem em casa. Em paralelo ao acolhimento do paciente na unidade destacada, a Secretaria de Saúde, juntamente com a Vigilância Municipal, já deu início às primeiras medidas de monitoramento, conforme estabelecido previamente no Fluxo Estadual para Caso Suspeito. Além do hospital Clementino Fraga, em João Pessoa, o Hospital Universitário Lauro Wanderley também é unidade de atendimento para casos suspeitos para o novo coronavírus na Paraíba, sendo este último para pacientes de pediatria.
A direção do hospital Clementino Fraga registrou o quadro de alívio com o descarte do caso de coronavírus no Estado. O secretário executivo da rede de unidades de saúde, Daniel Beltrammi, foi categórico: “Neste momento podemos dizer com algum grau de certeza que não temos nenhum caso de coronavírus no Estado”. Mesmo assim, as medidas de prevenção continuam em plena vigência. A Paraíba possui um plano estadual para notificação e assistência para o novo coronavírus, elaborado desde o final de janeiro e amplamente divulgado entre profissionais de saúde da rede pública e privada de todo o Estado. A SES destaca ainda que para a notificação de caso suspeito do Covid-19, além dos sintomas como febre, coriza, tosse e desconforto nasal – é preciso ter histórico de viagem nos últimos 14 dias para as áreas afetadas ou ter mantido contato com alguém com esse histórico, ou ter contato com outra pessoa infectada.
O Ministério da Saúde deflagrou uma campanha para combater as fakenews (notícias falsas) sobre o coronavírus. Foi listado um rol de notícias que têm sido compartilhadas nas redes sociais. O Ministério fornece informações fundamentadas sobre quais notícias são verdadeiras ou falsas. O objetivo, segundo tem sido repassado, é o de combater a desinformação e esclarecer a população sobre o que realmente interessa acerca do novo vírus. Entre as notícias falsas estão as de possíveis medicamentos, óleos e vitaminas para a cura do coronavírus e as que falam sobre compra de produtos pela internet que são comercializados na China.