Nonato Guedes
Ao comentar a abertura, na próxima quinta-feira, da “janela” partidária que possibilitará a migração de políticos para outros partidos, o deputado federal Efraim Filho, do Democratas, disse não temer debandada e garantiu que está tranquilo quanto às consequências das acomodações partidárias. “Vivemos, hoje, um dos melhores momentos, com a filiação de prefeitos que vão disputar a reeleição e também de pré-candidatos a vereador motivados pelo crescimento nacional do Democratas, que passa a imagem de porto seguro para a disputa eleitoral”, definiu o deputado e articulador político.
Segundo Efraim Filho, o DEM deflagrou já no ano passado o planejamento estratégico para as eleições municipais de 2020, antecipando-se a outras agremiações e fazendo filiações importantes como a do prefeito de Cabedelo, Vítor Hugo, cuja administração é bem avaliada pela população da cidade portuária. Essa estratégia, observa o deputado, dispensa a cúpula do DEM de preocupação com resoluções para conter o assédio de outras legendas a filiados. Foi uma referência ao posicionamento do PSOL que, em resolução, orientou pré-candidatos a dizerem não ao assédio de setores da esquerda e até da direita. “Nossos filiados vão chegar de maneira espontânea”, ironizou Efraim Filho.
O parlamentar não se preocupa, também, com a movimentação de expoentes do “Cidadania”, partido do governador João Azevêdo, para fortalecer essa legenda. “Nós respeitamos o que o governador tem feito, a nova opção partidária que ele tomou. Não há nenhum problema ou constrangimento para o Democratas; muito pelo contrário, fazemos alianças e as alianças partem do princípio de que cada um respeita o espaço do outro”, asseverou Efraim em declarações ao jornal “Correio da Paraíba”. Já o deputado federal Ruy Carneiro, presidente do diretório municipal do PSDB em João Pessoa, anunciou que está empenhado em realizar um trabalho de convencimento de agentes políticos sobre a vantagem de atuarem ou continuarem na agremiação.
– Tenho conversado com as pessoas explicando o projeto do PSDB e objetivando persuadi-las sobre qual a melhor alternativa a ser buscada no próximo pleito. O projeto do partido é, naturalmente, amplo, e contempla todo o Estado. Estamos observando o interesse de quem quer ser candidato, mas, por outro lado, nos mobilizamos para atrair os que querem se filiar à legenda – concluiu Ruy Carneiro. No PSL, que já foi o partido do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Julian Lemos, presidente do diretório estadual, frisou que não há qualquer estratégia definida para “segurar” os filiados. “Estamos deixando o nosso pessoal livre; quem quiser sair pode seguir o seu destino. Por outro lado, esperamos muitas filiações, o que nos deixa tranquilos”, comentou o parlamentar, que está no seu primeiro mandato.