Nonato Guedes
O Dia Internacional da Mulher, celebrado neste domingo, 08 de março, é encarado como marco de luta e de resistência a uma grave desigualdade social de gênero, uma data simbólica para a reflexão da condição da mulher no Brasil e no mundo. Isto é o que ficou evidenciado em manifestações de deputadas que ocuparam a tribuna da Casa de Epitácio Pessoa na primeira semana de março. O enfoque sustentado pelas oradoras foi o de que as mulheres querem respeito, dignidade e direitos iguais aos dos homens, o que levou o presidente Adriano Galdino a conclamar a sociedade, como um todo, para refletir acerca dessas demandas e aspirações.
Presidente da Comissão da Mulher na Assembleia, a deputada Camila Toscano (PSDB) expressou que o 8 de Março é um momento de trazer para a sociedade o debate sobre o papel das mulheres, a evolução dos seus direitos e a constante luta empreendida pela conquista da igualdade de gênero. “Evoluímos muito, crescemos, estamos nos empoderando cada vez mais e hoje temos total liberdade. Mas também sofremos muito com o machismo e com o crescimento absurdo da violência contra a mulher. Esse é um dia para a gente parar e refletir, trazer esse debate à tona. A reflexão deve acontecer em nível de sociedade e também deve haver uma reflexão interna das próprias mulheres sobre o que queremos para a nossa vida e onde queremos chegar para estarmos bem e felizes”, ressaltou Camila Toscano.
A deputada estadual Pollyanna Dutra, do PSB, salientou que as mulheres precisam dialogar mais, exercer a sororidade, ter uma relação de irmandade. “O Dia Internacional da Mulher é um momento para reflexão sobre o papel feminino na sociedade e a luta por direitos. Nós conseguimos evoluir e ocupar os espaços, embora mínimos. Mas constituem espaços que precisam ser debatidos. Precisamos contar o que estamos fazendo na política, ou em outros cargos decisórios, na Justiça, na Saúde, na Educação, no Empreendedorismo. As mulheres precisam sentar para discutir essa evolução, a fim de que tal evolução não fique restrita”, frisou Pollyanna. A deputada Cida Ramos (PSB) exaltou a importância da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Feminicídio que ela preside no âmbito do Poder Legislativo. “A data de 08 de março assinala a luta de operárias norte-americanas mortas em uma fábrica e que queriam um lugar para deixar seus filhos enquanto trabalhavam”, explicou, acrescentando que aquele fato tomou uma dimensão de luta universal de todos os seres humanos.
A deputada Jane Panta, do PP, observou que a mulher já cresceu bastante no seu papel social mas ainda tem muito que conquistar. Segundo ela, é preciso enfrentar e dar fim ao índice crescente de violência contra o sexo feminino. “É muito triste acompanharmos o noticiário hoje e constatarmos os crescentes casos de feminicídio no Brasil e no Estado. Infelizmente, temos o desprazer de constatar esse fato e é preciso encontrar fórmulas eficazes para combater essa violência”, pontuou a deputada. A Comissão Parlamentar de Feminicídio da ALPB divulgará esta semana o calendário de visitas aos serviços relacionados aos cuidados e proteção da mulher e de realizações de audiências públicas em João Pessoa, Campina Grande e no Sertão.