Nonato Guedes
Está em curso, já há alguns dias, uma articulação de interlocutores políticos do governador João Azevêdo (Cidadania) para viabilizar um encontro entre ele e o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), para discutir uma provável aliança nas eleições municipais deste ano. Os deputados estaduais Hervázio Bezerra e Ricardo Barbosa e o presidente do Cidadania em João Pessoa, vereador Bruno Farias, estão no circuito para tentar promover o entendimento. Luciano admitiu a hipótese de conversar com Azevêdo sobre o processo sucessório na Capital, mas deixou claro que se propõe a dialogar com outros grupos políticos.
O prefeito contou, por exemplo, que já teve conversas com o Progressistas, com o Pros e demais partidos da base de sustentação da sua gestão, além dos vereadores- com estes, está em pauta a questão da mudança na legislação eleitoral atinente à formação de chapas proporcionais no pleito de outubro. Cartaxo se atribuiu um novo prazo para definição, principalmente, sobre a chapa majoritária: o final do mês de março. “Estamos afunilando para chegar ao final do mês com uma decisão (….) Estamos ouvindo todo mundo (sic) para tomar a melhor decisão para João Pessoa”, pontuou. O parâmetro que ele voltou a colocar na mesa é o modelo de gestão implementado e que, na sua opinião, está dando certo e promovendo a evolução da qualidade de vida da população.
Cartaxo busca colocar panos mornos numa possível divergência com o PSDB, cujo pré-candidato a prefeito Ruy Carneiro reclamou de imposições do alcaide a outros partidos aliados como se estes fossem seus subordinados. Passando ao largo de qualquer polêmica, em tom direto, com Ruy Carneiro, o alcaide salientou que a participação do PSDB numa composição é uma decisão que vai caber aos tucanos. “Cada partido tem autonomia, independência. A nossa proposta é sempre a de unificar. Sempre fiz política com diálogo, entendimento, unindo forças para contribuir para uma João Pessoa cada vez melhor. A nossa disposição é a de manter a parceria iniciada em 2016”, reagiu o expoente do Partido Verde, que se considera recompensado com a receptividade que, segundo acredita, está ocorrendo quanto à ação administrativa ora desenvolvida.