Nonato Guedes
Falando à reportagem de “Os Guedes”, neste domingo, o vereador licenciado Durval Ferreira, que está filiado ao PL depois de ter migrado do PP, reafirmou que coloca seu nome em pauta para ser candidato a prefeitura de João Pessoa nas eleições de outubro e foi enfático ao salientar que considera ter chances concretas de se eleger à sucessão do prefeito Luciano Cartaxo (PV), mencionando o histórico de serviços prestados à Capital em mandatos legislativos consecutivos e na ocupação de outros cargos públicos. Aludiu, também, ao apoio que detém junto a um contingente expressivo de eleitores evangélicos e chegou a fazer projeções informais, de cálculos sobre sufrágios que conquistaria mediante o chamado “efeito multiplicador” representado pela soma dos apoiadores de uma eventual candidatura sua.
Atualmente, Durval Ferreira exerce a secretaria de Ciência e Tecnologia da administração do prefeito Luciano Cartaxo. Ele disse que sua saída do Partido Progressista ocorreu de forma natural, sem registro de incidentes ou insatisfações com expoentes da legenda, como o deputado federal Aguinaldo Ribeiro e a senador Daniella Ribeiro, a quem teceu elogios pela convivência mantida até recentemente. Da mesma forma, Durval não quis polemizar sobre méritos de prováveis postulantes à prefeitura no secretariado de Cartaxo, a exemplo de Diego Tavares, Daniella Bandeira e Socorro Gadelha. O vereador licenciado afirmou que respeita todos eles, da mesma forma como respeita outros postulantes anunciados, a exemplo do vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (Solidariedade), do radialista Nilvan Ferreira (que se filiou agora ao MDB) e do deputado federal Ruy Carneiro que tenta se viabilizar dentro do PSDB.
Pessoalmente, ele fez uma confidência à reportagem: a de que acredita que o ex-senador e ex-prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, não pode ser tido como fora do páreo. Pelas informações que lhe chegaram, Cícero estaria obstinado em conquistar espaços dentro do PSDB para indicação como candidato à prefeitura que ocupou por duas vezes. De um modo geral, ao avaliar o cenário que vai se desenhando para o pleito de outubro na Capital paraibana, Durval Ferreira prognosticou que pode haver uma pulverização de candidaturas no primeiro turno, lembrando que faltam definições de outros atores, o que pareceu ser uma referência ao governador João Azevêdo (Cidadania) e ao ex-governador Ricardo Coutinho (PSB). Durval assegurou não ter conhecimento de pesquisas extra-oficiais, de qualquer origem, sobre a conjuntura pré-eleitoral em João Pessoa, o que o faz imaginar que, aparentemente, “o quadro está em aberto, podendo favorecer qualquer candidatura com certa estrutura”. Ele descartou a hipótese de “zebra” na disputa ou de eclosão de um candidato favorito fora do cenário estabelecido hoje.
Enfim, Durval Ferreira falou da atenção especial que tem para com João Pessoa e sua população, lembrando que se sente honrado por ter construído sua militância política na Capital, ter apresentado inúmeras propostas em benefício do seu povo e ter sido escolhido, sucessivas vezes, como representante do eleitorado, “num voto de confiança extraordinário”. Referiu-se, também, ao fato de ter presidido a Câmara Municipal por uma década, o que ele atribui ao reconhecimento dos pares de diferentes legislaturas à sua conduta equilibrada e ao estilo colegiado que sempre procurou imprimir às decisões atinentes à Mesa Diretora da Casa de Napoleão Laureano. Durval não sinalizou qualquer pretensão de retirar a pré-candidatura a prefeito de João Pessoa. “Estou firme e operando de forma realista na avaliação dos cenários que dizem respeito à Capital”, expressou ele.