O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, reuniu, na tarde desta segunda-feira (16), diretores dos hospitais públicos, privados, filantrópicos e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) para discutir o protocolo de atendimento em casos de Coronavírus e formar uma comissão para se reunir e compartilhar as medidas com representantes da rede estadual de saúde, através do Conselho Operacional Estratégico (COE). Na ocasião, como representantes do Núcleo Intersetorial de Prevenção e Cuidados com relação ao Coronavírus, o prefeito e o secretário de Saúde, Adalberto Fulgêncio, discutiram oito novas medidas a serem adotadas nesta ação preventiva que vem sendo desenvolvida pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) desde a última sexta-feira (13).
As novas medidas definidas nesta reunião são referentes aos fluxos de atendimento nos hospitais e o planejamento de atendimentos em casos graves da doença, uma vez que 80% dos casos de Coronavírus podem ser tratados em casa, com isolamento domiciliar. “Reunimos os hospitais conveniados na rede municipal de João Pessoa para informar o que estamos fazendo na Capital e, ao final, estabelecemos uma parceria com esta capacidade de articulação, onde elaboramos uma proposta de medidas conjuntas, que será levada ao COE. Acreditamos que neste momento as decisões devem ser compartilhadas com todos”, afirmou o prefeito Luciano Cartaxo.
Todas as medidas se concentram no objetivo de diminuir a potencialidade de transmissão da Covid-19 nos próximos dias, o que é possível reduzindo a circulação de pessoas e aglomerações. Entre as novas medidas estão a suspensão do internato, ou seja, os estágios realizados por alunos das áreas de saúde nos hospitais, e racionalizar as visitas a pacientes. “É necessário despovoar os hospitais e serviços de saúde e muitas medidas são tomadas nesta perspectiva de proteção aos profissionais de saúde e, ao mesmo tempo, prestar assistência melhor aos usuários e população”, explicou o secretário de Saúde de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio.
Serão racionalizadas as consultas e visitas ambulatoriais, respeitando as especificidades de cada hospital, suspensas as cirurgias eletivas e estimulado o uso da Central de Orientação para prevenção ao Coronavírus, disponibilizada pela PMJP no telefone 3218-9214. “Queremos usar a Central de Orientação para que, ao ser atendida pelo telefone, esta pessoa deixe de ir aos serviços de saúde. Os casos leve e moderado devem ser tratados em casa com tratamento comum de uma gripe”, disse o secretário.
Também foi discutida a utilização do mesmo protocolo para classificar os casos em leve, moderado ou grave, já que só o grave precisa de internação e, os demais, de isolamento domiciliar. Ou seja, hospitais e UPAs deverão ter pelo menos um leito de isolamento para que, ao chegar um paciente em caso grave, possa ser isolado. Por último, o Núcleo identificou também a necessidade de criação de um fluxo para a obstetrícia, para que as maternidades tenham o atendimento adequado nos casos da doença.
A reunião contou com diretores do Hospital Universitário, Hospital Dom Rodrigo, Hospital São Vicente, Hospital Napoleão Laureano, Hospital Universitário Nova Esperança, Hospital Nossa Senhora das Neves, Hospital Padre Zé, Hospital Municipal Santa Isabel, Ortotrauma, Hospital Municipal de Valentina, Instituto Cândida Vargas, Samu e as quatro UPAs da Capital.
“Todos os presentes estão dispostos a serem criativos no sentido de propiciar o preparo da rede hospitalar para uma eventualidade de necessidade por causa do Coronavírus. E a rede toda está tomando medidas para que, se isso ocorrer, estejamos preparados. Temos que ter humildade de reconhecer que é um vírus novo, que ele se comporta de maneira muito agressiva no que diz respeito à transmissibilidade e nós temos uma cidade com muitos idosos”, explicou Adalberto Fulgêncio.
Novas medidas adotadas:
– Suspender o internato de estudantes;
– Racionalizar as visitas hospitalares;
– Racionalizar as consultas ambulatoriais dos hospitais;
– Suspender as cirurgias eletivas;
-Usar o atendimento telefônico para evitar a ida da população aos hospitais;
– Usar protocolo para a classificação de leve, moderada e grave da Covid-19;
– Reservar o isolamento para casos considerados graves;
– Fluxo obstetrício.