No cenário de avanço da disseminação do Coronavírus na Paraíba, muitas fake news têm circulado entre as pessoas. O quadro não é novidade. Vivemos em uma era hiperconectada e veloz, graças à internet. Isso faz com que a informação – e também a “desinformação” (notícias falsas) – se espalhem cada vez mais rápido de uma forma nunca vista na história da humanidade.
No último fim de semana, em João Pessoa, vários áudios que não refletiam a realidade da capital circularam informando que três hospitais da cidade estavam superlotados e vivendo um verdadeiro caos devido a várias pessoas infectadas por Covid-19. Esse quadro fez com que órgãos como a Secretaria de Saúde do Estado, a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa e também a Polícia Civil agissem rápido e tomassem providências de orientação e combate ao compartilhamento da desinformação.
O que está sendo feito como forma de combate?
Especificamente em João Pessoa, a Secretaria Municipal de Saúde, após desmentir os boatos do cenário de caos na imprensa, também orientou que as pessoas buscassem informações através dos canais oficiais da prefeitura. No site da prefeitura de João Pessoa (http://www.joaopessoa.pb.gov.br/) há informações oficiais das ações da gestão. Nas redes sociais (Instagram e Twitter – @prefjoaopessoa; Facebook @prefeituradejoaopessoa) a população também pode conferir informações sobre o coronavírus, os sintomas e formas de prevenção. A população ainda pode obter orientações sobre o coronavírus através do número 3218-9214.
Já o Governo do Estado, através das equipes das secretarias de Comunicação e Saúde, foram “in loco” conferir as instalações dos hospitais que foram citados nos boatos e constataram que não havia quadro de superlotação e pessoas entubadas, como descreviam os áudios falsos. Na intenção de tranquilizar as pessoas, foi postado um vídeo mostrando como realmente estavam os hospitais.
A Polícia Civil da Paraíba, através do Grupo de Operações Especiais (GOE), chegou a instaurar um procedimento em João Pessoa para apurar uma denúncia contra um homem que disseminou Fake News sobre o coronavírus, que, inclusive, vai responder criminalmente pelo ato. A Polícia Civil também reforçou que provocar pânico, espalhar alerta falso ou criar situações de terror entre a população é crime.
Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde está monitorando diariamente as redes e criou há um mês um canal no WhatsApp para receber material suspeito para checagem. Nesse serviço, a pessoa recebe material suspeito, que pode ser um vídeo, mensagem, link para sites e etc e o envia para o WhatsApp do ministério (61 99289-4640) , que, por sua vez, encaminha o conteúdo para uma equipe técnica realizar o trabalho de apuração. Após o período de checagem, a assessoria do órgão retorna com o resultado da perícia e informa para a pessoa se o conteúdo é falso ou verdadeiro.
Priorize veículos de comunicação tradicionais
É muito tentador receber informações que chegam pelo WhatsApp e sair compartilhando no grupo de amigos, da família ou do trabalho. Entretanto, esse compartilhamento pode ser perigoso porque essas informações podem ser falsas, incompletas ou não refletirem a realidade, o que acaba provocando pânico social e danos à reputação de hospitais ou órgãos envolvidos.
Os profissionais de imprensa estão trabalhando diariamente na apuração e lapidação das informações para levar notícias relevantes para a população. No decreto do Diário Oficial da União publicado no dia 22 de março, ficou estabelecido que os serviços e atividades da imprensa são essenciais nesse momento de enfrentamento à pandemia de Covid-19.
Alguns jornalistas paraibanos chegaram a compartilhar em suas redes sociais uma campanha que incentiva as pessoas a priorizarem veículos tradicionais ou profissionais de comunicação habilitados como fonte de informação sobre a pandemia.
A imprensa paraibana tem diversos grupos e veículos de comunicação como TVs, emissoras de rádio, jornal impresso, portais de notícias e blogs que estão sendo constantemente atualizados com notícias e informações sobre o Covid-19. Também é importante ficar atento aos canais de comunicação de órgãos de saúde competentes, como as secretarias de saúde (municipal e estadual), a prefeitura da sua cidade e órgãos de referência nacional (Ministério da Saúde) e internacional (Organização Mundial da Saúde- OMS).