Kubitschek Pinheiro
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Que mais poderia eu dizer aqui que não tenha já sido dito, ontem e hoje, e antes, por quem tem autoridade para o dizer, quem deve ou não usar máscaras? Tantos outros, de lá de fora e de cá de centro, e comentadores também, uns mais afoitos e desinformados, e outros nem por isso – se é que estes conceitos ainda fazem algum sentido, ou independentemente que cada um de nós lhes queiramos atribuir, a expressão de mascarados.
Ora, uma amiga, Dona R, mostrou nas redes que adquiriu máscaras bonitas, bem feitas por Fulana e que ia mandar para seu irmão que mora na India. Ela disse que lá não tem mais máscaras. Reparem bem, os médicos dizem que máscaras caseiras não servem e as descartáveis que estão faltando nas farmácias só devem ser utilizadas por algumas horas.
Vejam bem, o Mandetta reclamou, em coletivas, que as pessoas compraram as máscaras e desabasteceram o setor e que se necessário vai tomar medidas para produzir: “Vamos lutar e vamos fazer máscara também. Não tem essa de material da China, vamos ver qual material pode fazer, se precisar, não tem problema, se não tiver descartável vamos de pano”, declarou o ministro. Ou seja, não está mais aqui quem falou. Mas há controvérsias. Caso contrário, botem as máscaras do carnaval, que o visual é outro.
Crime e Castigo, como no romance de Dostoievski, só que nesta onda, pra não dizer tragédia, os criminosos são muitos e estão sempre mascarados. Mas isto digo eu, parafraseando Fernando Pessoa, que não sei nada de saúde.
Eu estava aqui fechando o textinho de hoje e lembrei de Dona Esperança. Como ela é a última que morre, tem que ser a primeira a ficar em casa. E priu.