Nonato Guedes, com assessoria
O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) tem apresentado projetos na Câmara prevendo redução e economia de gastos e mordomias que afetam os próprios parlamentares, como parte das medidas que, a seu ver, precisam ser tomadas para o enfrentamento ao novo coronavírus. Pedro, ao mesmo tempo, tem procurado dar exemplos pessoais, a exemplo do repasse de recursos ao Instituto São Vicente de Paulo, em Campina Grande, e sugeriu uma redução de 20% no contracheque salarial de deputados, senadores, juízes, promotores e procuradores que percebem acima de R$ 15 mil. Na opinião do deputado tucano, “é preciso ter espírito público verdadeiro e contribuir para proteger camadas carentes da população, sobretudo na atual fase de calamidade que se registra no país”.
O corte na verba de gabinete parlamentar, o chamado “cotão”, corte de mordomias estabelecidas nos três Poderes e a extinção de veículos oficiais de representação pessoal da administração pública, com sua colocação à disposição da Saúde Pública, integram o elenco de alternativas do gabinete do deputado Pedro Cunha Lima, que se diz preocupado com a evolução da pandemia. Ao presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, do DEM, Pedro Cunha Lima pleiteou “medidas de racionalização” no pagamento do auxílio-moradia, nos moldes do que foi adotado pelo Conselho Nacional do Ministério Público e pelo próprio Conselho Nacional de Justiça. Os critérios adotados por esses órgãos, conforme ele, atendem a propósitos de austeridade que a sociedade cobra dos representantes do povo neste período emergencial.
A órgãos e instituições foi sugerido que procurem adotar mecanismos extraordinários de transferência financeira entre organismos da administração pública para que os valores economizados por eles sejam enviados preferencialmente para instituições que estão concretamente envolvidas na responsabilidade de combater a disseminação do novo coronavírus. Pedro Cunha Lima salienta que as providências agora sugeridas, excepcionalmente, constituem um prolongamento de proposituras que tem formulado desde a legislatura passada quanto à eliminação de vantagens e “penduricalhos” na folha dos Poderes, que, segundo ele, são desnecessários e constituem regalias exageradas que afrontam a maioria da população. O parlamentar considerou louvável o empenho que tem sido demonstrado pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados, com a realização de “sessões remotas” para aprovação urgente de medidas consideradas imprescindíveis para o enfrentamento ao coronavírus.