As mulheres podem pedir, a partir de hoje (9), a renovação das medidas protetivas em casos de violência doméstica e familiar por formulário online ou ligando por telefone disponibilizado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH). A ação em parceria com a Coordenadoria da Mulherem Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) é para facilitar o acesso e proteger as mulheres(Lei n.°11.340/2006) durante o período de isolamento social durante a pandemia de Coronavírus (COVID-19). Acesse o formulário aqui: bit.ly/medidasprotetivaspb
Segundo dados do TJPB, mais de 5.892 medidas protetivas estão tramitando no Estado e, somente entre 3 de março a 4 de abril, 482 novas medidas foram solicitadas, desde o início da sistemática de trabalho remoto decretada pelo TJPB para contenção do contágio por Covid-19 (Ato Conjunto nº 03/2020/TJPB/MPPB/DPE-PB/OAB-PB).
“A Lei Maria da Penha não estabelece prazo de duração das medidas protetivas, porém existem entendimentos de que as mesmas devem vigorar por 180 dias, prorrogáveis por igual período, se demonstrada à necessidade. Por essa razão, nos preocupamos com essas situações. Havendo a necessidade de prorrogação, diante dessa pandemia, como fazer chegar à justiça esses pedidos para serem analisados. Esse modelo é mais um caminho para facilitar o acesso. O trabalho do Poder Judiciário na análise das medidas protetivas estão acontecendo normalmente, pois esses procedimentos tramitam pelo PJe”, afirmou a coordenadora da Mulher do TJPB, juíza Graziela Queiroga.
Segundo a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, a renovação das medidas sem deslocamento para oFórumde Justiça ou para as delegacias vai ajudar na proteção destas mulheres que já têm medidas protetivas. “Estamos ampliando o serviço de proteção paraas mulheres, já que a renovação das medidas protetivas é essencial para garantir que os agressores não se aproximem ou entrem em contato, evitando casos mais graves como violência física e feminicídios”, afirma Lídia Moura, que complementa que as medidas protetivas podem ser solicitadas também pelo Ministério Público, Defensoria Pública, advogados e nas delegacias.
Como fazer – A partir de agora, as mulheres que têm medidas protetivas vencidas ou a vencer já podem baixar e preencher o formulário pela internet e enviar para o e-mail medidasprotetivas@semdh.pb.gov.br . A partir disso, uma técnica da SEMDH vai inserir o pedido no Processo Judicial Eletrônico (PJe), que será avaliado pelo juiz ou juíza competente para o deferimento.
As mulheres que não têm acesso à internet poderão ligar pelos telefones e/ou whatsApp para todo o Estado (99146-7175), Campina Grande (98826-8834) e na região do Cariri, em Sumé (99400-7022) para solicitar a renovação. Uma técnica vai preencher o formulário e inserir o pedido no PJe para avaliação e deferimento da Justiça.
Renovação de medidas protetivas online:
– Acesse o formulário aqui: bit.ly/medidasprotetivaspb
– Baixe o formulário, preencha e envie para o email:
– Caso não tenha acesso à internet, ligue para os telefonese/ou whatsApp : Estadual (99146-7175 ), Campina Grande (98826-8834) e na região do Cariri, em Sumé (99400-7022 ) para solicitar a renovação.
Como ajudar
Programa Integrado Patrulha Maria da Penha –O horário de funcionamento do Programa Integrado Patrulha Maria da Penha é das 8h às 12h, com equipe de profissionais presencial e remoto. As rotas de monitoramento da equipe da Polícia Militar continuam funcionando normalmente. O programa atende mulheres com medidas protetivas ou que ainda estão solicitando à Justiça. A sede fica localizada na Rua Rodrigues de Aquino, nº 378, Centro de João Pessoa. O telefone para contato é 3221-1673. Por sua vez, a Casa Abrigo Aryane Thais, cujo serviço é sigiloso, também continua recebendo as vítimas e seus filhos em risco.
Ligue 190 – Se você ouvir ou perceber violência doméstica, denuncie pelo 190 (urgência) e 197 (denúncia).Com cuidado, tente chamar pela mulher. A intervenção externa pode cessar a violência.Tente entrar em contato com a vítima, pergunte se ela precisa de ajuda.Se você testemunhar ou perceber violência contra a mulher, denuncie.Você pode salvar uma vida.